São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2008

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Painel FC

RICARDO PERRONE - painelfc.folha@uol.com.br

A magia dos números

Um dos argumentos dos colaboradores de Affonso della Monica para convencer o palmeirense a vender Valdivia é que toda proposta pelo jogador deve ser considerada R$ 5 milhões acima do que é. O raciocínio é que sem negociar o atacante, o clube pagará cerca de R$ 3 milhões de juros em um ano, pois não quitaria R$ 15 milhões em empréstimos. Os outros R$ 2 milhões seriam gastos nos salários do chileno. O cálculo ajudou a fazer o presidente superar o medo de impopularidade por negociar o ídolo.

Chá de cadeira. No Parque Antarctica, a aposta é que Vanderlei Luxemburgo só esperava o fim da janela de transferências na Europa para encostar Valdivia no banco.

Juntos. Cartolas do Santos interpretaram como prova de amizade de Luxemburgo o Palmeiras emprestar o volante Wendel para o time da Vila Belmiro. Argumentam que, como treinador alviverde, ele poderia barrar o negócio.

Duro de matar. Apesar de ter sua demissão cantada há uma semana, Ilton José da Costa ainda toca negociações de reforços do Santos. Seus detratores, porém, dizem que o gerente tem poderes reduzidos enquanto respira.

Sinal liberado. A Associação Brasileira de Rádio e TV planeja um seminário na Câmara para discutir projeto de lei que obriga as emissoras a repassarem imagem de jogos das seleções nacionais para a TV pública, caso as usem só em canal fechado.

Digestão. Para Silvio Torres (PSDB-SP), um dos autores, o interesse das emissoras significa que elas trabalham com a hipótese de o projeto ser aprovado, com apoio do governo, e preferem o diálogo a fazer lobby contra.

Cortina. Opositores no Corinthians e no Vasco fazem a crítica em uníssono às diretorias: o valor do empréstimo de Moraes para a equipe paulista não aparece nos sites oficiais dos clubes. A transparência embalou a campanha dos presidentes Andres e Dinamite.

Turbo. O Campus Pelé, que forma jogadores para vendê-los ao exterior, tentará conseguir dinheiro via lei de incentivo ao esporte. O mais provável é que o projeto seja apresentado pela Fundação Antonio Antonieta Cintra Gordinho, que cederia a área para a construção de um CT.

Nome fantasia. Ter a fundação encabeçando o pedido daria ar menos comercial do que se ficasse nas mãos da holding do Banco Fator, que divide os lucros nas vendas de atletas com Pelé. O interesse da fundação na parceria é incrementar a educação dos meninos que atende.

Agrado. No Mundial de Meia-Maratona no Rio, em outubro, a Confederação Brasileira de Atletismo homenageará os ex-atletas Sebastian Coe, do Comitê de Londres-2012, e Serguei Bubka, do COI. E fortalecer o lobby para o Rio ter os Jogos de 2016.

Colaborou ADALBERTO LEISTER FILHO, enviado especial a Pequim

Dividida

"Cadê a chocadeira de atletas. Cadê gente saindo presa do Parque São Jorge?"
De OSMAR STÁBILE, opositor corintiano, ao cobrar promessas de campanha de Andres Sanchez, como projeto para revelar jogadores e colocar na cadeia quem lesava o clube



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