São Paulo, Quarta-feira, 15 de Setembro de 1999
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Uso político marca atividade

da Reportagem Local

O funcionamento dos bingos liberados pela Lei Pelé está sob suspeita de uso político.
Funcionários públicos denunciaram e o diretor de Administração e Finanças do Indesp, Luiz Antônio Buffara, admitiu que dá atendimento prioritário aos pedidos de credenciamento e autorização de bingo intermediados por políticos.
A Lei Pelé estabelece uma série de exigências técnicas para a concessão de bingos. Uma delas é que o pedido para a realização de um bingo eventual -entre os quais estão os sorteios eletrônicos como o do COB- deve ser apresentado 30 dias antes do sorteio.
Pela lei, cada extração necessita de uma autorização nova.
Se, pela Lei Zico, aprovada em 1993, as casas de bingo predominavam, pela Lei Pelé, que a substituiu em 1998, o bingo eventual, que pode ser feito pela TV, virou moda. Segundos dados do Indesp, foram dadas sete autorizações para casas de bingo e 150 para bingos eletrônicos desde a posse de Greca há sete meses.
Mas esse segundo número pode ser ainda maior pois só num dia de agosto o ""Diário Oficial da União" publicou 60 autorizações para bingos eventuais.
Há também informações de que Buffara está usando os bingos como maneira de arrecadar dinheiro para a próxima campanha eleitoral de seu chefe político, o ministro dos Esportes e Turismo, Rafael Greca. Ambos negam que isso seja verdade.


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