PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem sua principal contratação para o segundo semestre, o meia Ricardinho, o São Paulo tenta hoje, às 16h, no estádio do Morumbi, a reabilitação no Campeonato Brasileiro diante do Fluminense.
No lugar do ex-corintiano, contundido, entra Júlio Baptista.
A substituição de um jogador mais técnico por outro que se caracteriza mais pela força pode, em princípio, parecer prejudicial para um time que precisa voltar a fazer gols e vencer.
Porém, segundo estatísticas do Datafolha, a entrada de Júlio Baptista no lugar de Ricardinho pode representar uma melhora no desempenho são-paulino na maioria dos fundamentos.
Nas seis primeiras partidas do São Paulo no Brasileiro, com Júlio Baptista em campo, o time teve médias melhores em fundamentos que, teoricamente, são especialidades de Ricardinho.
Nos três jogos em que o meia atuou, o percentual de passes certos diminuiu -85,5% contra 86,6% dos primeiros seis confrontos. A média de assistências por partidas também é superior na "era Júlio Baptista": 1,7. Com Ricardinho como titular, esse número cai para 0,3 por jogo.
Outros índices, como bolas perdidas, dribles, cruzamentos e lançamentos, também são superiores quando o São Paulo tem o volante no meio-campo.
Curiosamente, um dos pontos positivos da entrada do meia no time foi a melhora nos desarmes.
Com Júlio Baptista, o São Paulo obteve uma média de 112,5 por jogo. Com Ricardinho em campo, considerado menos "pegador" que o companheiro, esse índice subiu para 119,3.
"Não dá para nos comparar. Temos características muito diferentes", diz Júlio Baptista.
Para o técnico Oswaldo de Oliveira, porém, a queda no rendimento de sua equipe nada tem a ver com a mudança específica de um jogador. "A equipe vinha atuando de uma determinada forma, e agora deixou de fazer algumas coisas", tenta explicar.

NA TV - Globo (menos para SP) e Record (só para Campinas e RJ), às 16h, ao vivo


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