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São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2003

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VÔLEI

A velocidade

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Quem não é o mais alto, tem que ser o mais veloz. Com esse princípio, a seleção brasileira feminina está treinando para a Copa dos Campeões, torneio que vale três vagas para Atenas. E você sabe: para ser rápido, o time precisa de um requisito básico: uma boa recepção de saque.
Não por acaso, o técnico José Roberto Guimarães está testando a atacante Érika na saída de rede.
Acostumada a jogar como ponteira, ela é uma das responsáveis pelo passe. Deslocada para a posição de oposto, ela continua fazendo a recepção em cinco posições.
Resultado: a seleção fica com uma oposto boa na recepção, o que é raro em uma equipe, e ganha em volume de jogo. Mais: Érika é muito veloz no ataque e se adapta bem às bolas rápidas de saída de rede. Com Raquel de oposto, por exemplo, a seleção ganha em força de ataque, mas perde no passe e na defesa.
Para uma seleção que tem duas grandes levantadoras como Fernanda Venturini e Fofão, uma boa recepção é quase uma garantia de vitória. Com a bola na mão, qualquer uma das duas pode jogar com velocidade, distribuir bem o jogo e enlouquecer os bloqueios adversários.
Érika talvez seja a melhor solução para a saída de rede, o ponto mais frágil da seleção brasileira.
Vale lembrar que as outras duas opções para a posição estão machucadas e não estão confirmadas para a Copa dos Campeões. Elisângela tem uma lesão no ombro direito, e Leila fraturou o dedinho da mão direita.
O certo é que no Sul-Americano o técnico Zé Roberto não conseguiu ter um parâmetro de como está o time por causa da fragilidade dos adversários: Argentina, Colômbia e Peru. Por isso, a seleção fará, no fim deste mês, uma série de quatro amistosos contra os EUA, atuais vice-campeões mundiais.
O bom que é a seleção norte-americana estará completa. O time iniciou ontem a disputa do Campeonato da América do Norte e Central (Norceca), que vale vaga para a Copa dos Campeões, com todas feras: Keba Phipps, Danielle Scott, Logan Tom, Heather Bow e a volta da levantadora Ah-Mow, que estava grávida.
As norte-americanas são as favoritas. A briga mesmo será pelo vice-campeonato -entre Cuba e República Dominicana. Em 17 edições do Norceca, a seleção cubana venceu 12, mas os tempos são outros. Com o time renovado, Cuba perdeu a decisão do último Pan para as dominicanas.
Vale lembrar que a República Dominicana tem novamente a vantagem de jogar em casa e com o apoio de sua fanática torcida.
Se não conseguir ficar em segundo lugar, Cuba só irá à Copa dos Campeões se for uma das duas convidadas da federação internacional. Triste sina para o time tricampeão olímpico.
Para encerrar, uma menção honrosa à seleção brasileira juvenil, que ontem venceu a China e conquistou o tetracampeonato mundial, na Tailândia. A central Fabiana, 18 anos e 1,93 m, voltou a brilhar e foi eleita a melhor atacante do torneio. Ela será um dos reforços da seleção adulta para a Copa dos Campeões.

Italiano 1
O Campeonato Italiano, o mais disputado do mundo, começa no domingo com grandes duelos. O Cuneo, de Giba, estréia contra o Piacenza, que terá o comando de Júlio Velasco, técnico que, em 90 e 94, levou a Itália ao bicampeonato mundial. O Piacenza conta com dois atacantes cubanos: Oswaldo Hernandez e Leonel Marshall.

Italiano 2
Na primeira rodada, o Montichiari, do levantador Maurício e do atacante Joel, terá pela frente o Ferrara, que contratou o central Rodrigão, da seleção brasileira, para esta temporada. O Modena, de Dante, vai enfrentar o Padova. Já o Latina, de Gustavo, jogará com o Trentino. A disputa do Macerata, do atacante Nalbert, será com o Trieste, do francês Granvorka.


E-mail: cidasan@uol.com.br


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