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VÔLEI
A velocidade
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Quem não é o mais alto, tem
que ser o mais veloz. Com esse princípio, a seleção brasileira
feminina está treinando para a
Copa dos Campeões, torneio que
vale três vagas para Atenas. E você sabe: para ser rápido, o time
precisa de um requisito básico:
uma boa recepção de saque.
Não por acaso, o técnico José
Roberto Guimarães está testando
a atacante Érika na saída de rede.
Acostumada a jogar como ponteira, ela é uma das responsáveis
pelo passe. Deslocada para a posição de oposto, ela continua fazendo a recepção em cinco posições.
Resultado: a seleção fica com
uma oposto boa na recepção, o
que é raro em uma equipe, e ganha em volume de jogo. Mais:
Érika é muito veloz no ataque e se
adapta bem às bolas rápidas de
saída de rede. Com Raquel de
oposto, por exemplo, a seleção ganha em força de ataque, mas perde no passe e na defesa.
Para uma seleção que tem duas
grandes levantadoras como Fernanda Venturini e Fofão, uma
boa recepção é quase uma garantia de vitória. Com a bola na
mão, qualquer uma das duas pode jogar com velocidade, distribuir bem o jogo e enlouquecer os
bloqueios adversários.
Érika talvez seja a melhor solução para a saída de rede, o ponto
mais frágil da seleção brasileira.
Vale lembrar que as outras
duas opções para a posição estão
machucadas e não estão confirmadas para a Copa dos Campeões. Elisângela tem uma lesão
no ombro direito, e Leila fraturou
o dedinho da mão direita.
O certo é que no Sul-Americano
o técnico Zé Roberto não conseguiu ter um parâmetro de como
está o time por causa da fragilidade dos adversários: Argentina,
Colômbia e Peru. Por isso, a seleção fará, no fim deste mês, uma
série de quatro amistosos contra
os EUA, atuais vice-campeões
mundiais.
O bom que é a seleção norte-americana estará completa. O time iniciou ontem a disputa do
Campeonato da América do Norte e Central (Norceca), que vale
vaga para a Copa dos Campeões,
com todas feras: Keba Phipps, Danielle Scott, Logan Tom, Heather
Bow e a volta da levantadora Ah-Mow, que estava grávida.
As norte-americanas são as favoritas. A briga mesmo será pelo
vice-campeonato -entre Cuba e
República Dominicana. Em 17
edições do Norceca, a seleção cubana venceu 12, mas os tempos
são outros. Com o time renovado,
Cuba perdeu a decisão do último
Pan para as dominicanas.
Vale lembrar que a República
Dominicana tem novamente a
vantagem de jogar em casa e com
o apoio de sua fanática torcida.
Se não conseguir ficar em segundo lugar, Cuba só irá à Copa
dos Campeões se for uma das
duas convidadas da federação internacional. Triste sina para o time tricampeão olímpico.
Para encerrar, uma menção
honrosa à seleção brasileira juvenil, que ontem venceu a China e
conquistou o tetracampeonato
mundial, na Tailândia. A central
Fabiana, 18 anos e 1,93 m, voltou
a brilhar e foi eleita a melhor atacante do torneio. Ela será um dos
reforços da seleção adulta para a
Copa dos Campeões.
Italiano 1
O Campeonato Italiano, o mais disputado do mundo, começa no domingo com grandes duelos. O Cuneo, de Giba, estréia contra o Piacenza, que terá o comando de Júlio Velasco, técnico que, em 90 e 94,
levou a Itália ao bicampeonato mundial. O Piacenza conta com dois
atacantes cubanos: Oswaldo Hernandez e Leonel Marshall.
Italiano 2
Na primeira rodada, o Montichiari, do levantador Maurício e do atacante Joel, terá pela frente o Ferrara, que contratou o central Rodrigão, da seleção brasileira, para esta temporada. O Modena, de Dante,
vai enfrentar o Padova. Já o Latina, de Gustavo, jogará com o Trentino. A disputa do Macerata, do atacante Nalbert, será com o Trieste,
do francês Granvorka.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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