O que o esmeraldino goiano começou bem no Sul do país, o de São Paulo completou com louvor em Minas Gerais

DEU GOSTO.
Tirante o moleque Lenny, que é uma espécie de marca de fantasia, uma amostra grátis de profissional de futebol, todos os jogadores do Palmeiras se comportaram como campeões no Mineirão. E venceram um dos jogos mais bem disputados deste Brasileirão.
Ganharam por 1 a 0 como poderiam ter perdido ou empatado, porque o Cruzeiro também se comportou muito bem e vendeu caríssimo a derrota, principalmente depois que ficou com 11 contra 10 graças à gracinha de Lenny.
Se Alex Mineiro e Kléber fizeram falta ao Palestra paulista, e Guilherme e Thiago Heleno foram desfalques sentidos pelo Palestra mineiro, Diego Souza e Martinez, pelos verdes, e Ramires e Wagner, pelos azuis, encheram os olhos do Mineirão com 46 mil pagantes.
E o Palmeiras se saiu melhor porque aproveitou uma das três grandes chances que criou, ao passo que o Cruzeiro se saiu pior porque não foi capaz de aproveitar nenhuma das cinco ótimas oportunidades que teve.
Se o palmeirense vinha sofrendo lá atrás com Gladstone/Jeci, eis que a dupla Gustavo/Maurício, com Martinez à frente, comportou-se muito bem, por mais que em certos momentos o goleiro Marcos parecesse à beira de um ataque de nervos, porque trabalhou mais do que Fábio, embora em situações menos agudas.
Razão pela qual não há como contestar a valiosa vitória esmeraldina, segunda derrota do Cruzeiro em Belo Horizonte, coisa que lhe custou a vice-liderança.
A primeira derrota em casa, como também fora a primeira do Grêmio, no sábado, acontecera exatamente diante de outro esmeraldino, o Goiás, a quem o torcedor deve eterna gratidão neste 2008. Afinal, o time dos veteranos Harlei, Romerito, Iarley e Paulo Baier já derrotou o próprio Palmeiras, no Serra Dourada, por 3 a 2, e Cruzeiro e Grêmio nas casas deles, por 1 a 0 e 2 a 1, respectivamente, sempre sob as ordens de Hélio dos Anjos, o milagreiro do Brasil Central.
Mas, para quem andava de mal com o futebol por causa da equipe amarela de Dunga, eis que os times de Adílson Batista e Vanderlei Luxemburgo da Silva permitiram uma rápida reconciliação.
Como o de Muricy Ramalho, porque o São Paulo obteve categórica vitória diante do Flamengo, no Morumbi, bem ao estilo tricolor. E diga-se que o resultado ficou no 2 a 0, e não no dobro, porque nem Deus nem Bruno quiseram, mas teria sido mais verdadeiro.
Grêmio, em queda, e Palmeiras, de novo, permanecem como maiores favoritos ao título, mesmo que, na batata, ainda não seja possível descartar, por exemplo, o São Paulo, simplesmente porque é o São Paulo, não sei se me faço entender.

Tempo, tempo, tempo
O Pan do Rio-2007 terminou já faz mais de um ano e até agora o Tribunal de Contas da União não entregou seu relatório sobre a festa feita com o seu, o meu, o nosso suado dinheiro.
Já o jogo do gás no Palestra fará cinco meses e até agora a polícia não concluiu seu inquérito. Talvez por ter delegados demais na FPF.

blogdojuca@uol.com.br


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