São Paulo, quarta-feira, 15 de setembro de 2010

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Decisão em pontos corridos

Fluminense e Corinthians veem rivais se aproximar e jogarão hoje como se fosse uma final

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

Fluminense e Corinthians levam ao Engenhão, hoje à noite, os anseios e ansiedades de todo um ano.
O Campeonato Brasileiro representa a última chance para esses times salvarem as expectativas que eles mesmos criaram para 2010.
Para o clube paulista, é o único título possível de ser conquistado no ano do centenário. Para o rival carioca, é a única maneira de justificar a imensa injeção de dinheiro feita por sua patrocinadora.
Faltando 17 rodadas para o fim do Nacional, o Fluminense lidera, com 41 pontos, e o Corinthians é o vice-líder, com 38 e um jogo a menos.
Botafogo e Cruzeiro, que estavam distantes há cinco rodadas, têm 37 cada um.
Num campeonato por pontos corridos, é evidente que o jogo não se trata de uma final. Mas o fato de opor os dois times com mais pontos na competição faz com que seja tratado como decisão tanto no Parque São Jorge quanto nas Laranjeiras.
"Não tem troféu e não tem volta olímpica, mas é importante", declarou o técnico Adilson Batista, que chegou ao clube há um mês e meio, depois que Mano Menezes assumiu a seleção brasileira.
"O resultado desse jogo com o Corinthians vai definir nossa semana. Pode ser maravilhosa ou pode ser ruim", declarou o atacante Washington, artilheiro da competição, com nove gols, ao lado do meia corintiano Bruno César -ambos titulares hoje.
Sob o comando do técnico anterior, o Corinthians falhou mais uma vez ao tentar conquistar a Libertadores, que é tratada como obsessão por diretoria e torcida -segundo o Datafolha, 67% dos corintianos consideram a competição continental mais importante que as outras.
Em nome da Libertadores, o Corinthians havia abandonado o Campeonato Paulista, no qual não conseguiu se classificar para as semifinais.
"A temporada não é tão ruim", disse o lateral Roberto Carlos. "Não acho que é obrigação ganhar o Brasileiro, mas, por respeito à torcida, é importante ir bem, conseguir vaga na Libertadores."
O Fluminense faz sua melhor campanha na era dos pontos corridos (iniciada em 2003) graças ao pesado aporte de dinheiro da patrocinadora Unimed, que espera o título nacional e a volta à Libertadores como retribuição.
A empresa paga a Muricy Ramalho o segundo maior salário a um técnico no Brasil, R$ 500 mil mensais, fora luvas -só o Palmeiras gasta mais, com Luiz Felipe Scolari. O Flu ainda mantém ao menos seis atletas ganhando mais de R$ 250 mil por mês: Belletti, Deco, Conca, Washington, Fred, Emerson.

NA TV
Fluminense x Corinthians
22h Globo e Band (para SP)


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