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Decisão em pontos corridos
Fluminense e Corinthians veem rivais se aproximar e jogarão hoje como se fosse uma final
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
Fluminense e Corinthians
levam ao Engenhão, hoje à
noite, os anseios e ansiedades de todo um ano.
O Campeonato Brasileiro
representa a última chance
para esses times salvarem as
expectativas que eles mesmos criaram para 2010.
Para o clube paulista, é o
único título possível de ser
conquistado no ano do centenário. Para o rival carioca, é
a única maneira de justificar
a imensa injeção de dinheiro
feita por sua patrocinadora.
Faltando 17 rodadas para o
fim do Nacional, o Fluminense lidera, com 41 pontos, e o
Corinthians é o vice-líder,
com 38 e um jogo a menos.
Botafogo e Cruzeiro, que estavam distantes há cinco rodadas, têm 37 cada um.
Num campeonato por
pontos corridos, é evidente
que o jogo não se trata de
uma final. Mas o fato de opor
os dois times com mais pontos na competição faz com
que seja tratado como decisão tanto no Parque São Jorge quanto nas Laranjeiras.
"Não tem troféu e não tem
volta olímpica, mas é importante", declarou o técnico
Adilson Batista, que chegou
ao clube há um mês e meio,
depois que Mano Menezes
assumiu a seleção brasileira.
"O resultado desse jogo
com o Corinthians vai definir
nossa semana. Pode ser maravilhosa ou pode ser ruim",
declarou o atacante Washington, artilheiro da competição, com nove gols, ao lado do meia corintiano Bruno
César -ambos titulares hoje.
Sob o comando do técnico
anterior, o Corinthians falhou mais uma vez ao tentar
conquistar a Libertadores,
que é tratada como obsessão
por diretoria e torcida -segundo o Datafolha, 67% dos
corintianos consideram a
competição continental mais
importante que as outras.
Em nome da Libertadores,
o Corinthians havia abandonado o Campeonato Paulista, no qual não conseguiu se
classificar para as semifinais.
"A temporada não é tão
ruim", disse o lateral Roberto
Carlos. "Não acho que é obrigação ganhar o Brasileiro,
mas, por respeito à torcida, é
importante ir bem, conseguir
vaga na Libertadores."
O Fluminense faz sua melhor campanha na era dos
pontos corridos (iniciada em
2003) graças ao pesado aporte de dinheiro da patrocinadora Unimed, que espera o título nacional e a volta à Libertadores como retribuição.
A empresa paga a Muricy
Ramalho o segundo maior
salário a um técnico no Brasil, R$ 500 mil mensais, fora
luvas -só o Palmeiras gasta
mais, com Luiz Felipe Scolari. O Flu ainda mantém ao
menos seis atletas ganhando
mais de R$ 250 mil por mês:
Belletti, Deco, Conca, Washington, Fred, Emerson.
NA TV
Fluminense x Corinthians
22h Globo e Band (para SP)
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