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São Paulo vai atrás do estilo Parreira
Sérgio Baresi treina a equipe para valorizar a posse de bola e despreza o antes usado, e bem-sucedido, 3-5-2
JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO
Para tentar resgatar a era
vencedora dos últimos anos,
o São Paulo se recusa a usar
os antigos artifícios. Pelo
contrário. Recria-se e busca
um jeito alternativo que até
já tentou implementar há
muito tempo, mas não deu
certo. O estilo Parreira.
Sérgio Baresi assumiu interinamente não só com a
missão de renovar o time e
usar jovens da base, como
Casemiro e Marcelinho. Também abdicou do tradicional
3-5-2. Jamais começou uma
partida com ele. Parreira
também não costuma usá-lo.
"As equipes se fortaleceram muito no meio. Tirar um
cara dali para a entrada de
um terceiro zagueiro deixa a
linha do meio desprotegida,
mesmo que na teoria se tenha cinco homens por ali. Temos que ser fortes na marcação e chegarmos bem ao ataque", declarou Baresi.
Mas o traço mais marcante
do time do Morumbi com os
de Parreira é a constância
nos passes. Segundo o Datafolha, o clube é o líder na troca de toques no Brasileiro, ao
lado do Corinthians. E é o segundo com mais êxito no
passe, atrás só do Santos.
Já os lançamentos são raros. O São Paulo é apenas o
14º que mais tenta a jogada.
Baresi treina em exaustão
trocas de passes curtos e
aproximação de jogadores. A
ideia é que o São Paulo só arrisque um passe mais profundo ou uma jogada individual quando o adversário vacilar na movimentação.
"Admiro os métodos do
Parreira como treinador. Essa coisa dos times dele de
verticalizar a jogada, valorizar a posse da bola, estar
sempre com ela. É disso que
eu gosto", falou Baresi.
Questionado sobre seu estilo, Parreira não titubeia.
"Gosto de time que fica com a
bola. Aquele meu Corinthians [de 2002], lembra?
Não perdia a bola."
As coincidências não param por aí. Ambos citaram as
mesmas equipes a serem copiadas: Barcelona e seleção
espanhola. Parreira não deu
certo no São Paulo em 1996.
Mas brilhou no rival Corinthians seis anos mais tarde.
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