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Reserva resolve de novo para time de Maradona
Depois de Palermo contra o Peru, Bolatti sai do banco e define jogo no Uruguai
Uruguai 0
Argentina 1
DO ENVIADO A MONTEVIDÉU
Maradona mexeu de novo na
Argentina, Oscar Tabárez manteve sua base, e o jogo de ontem
foi equilibrado, truncado, com
poucas chances de gol.
Os argentinos partiram para
um 4-4-2, com Verón reaparecendo no time após cumprir
suspensão contra o Peru. E o
destaque da Libertadores melhorou bem o meio argentino,
cadenciando o jogo e sendo perigoso com a bola parada.
O Uruguai saiu para pressionar, teve as primeiras chances
do jogo, com Luis Suárez e
Scotti. E quase o primeiro, atacante do Ajax, marca em uma
dividida com o goleiro Romero.
O nervosismo em campo, inclusive dos mandantes, era nítido. Foram poucas as intervenções dos goleiros.
Com um 3-5-2, os uruguaios
chegavam mais vezes pela laterais, em especial pelo setor direito da defesa rival, onde Otamendi, que jogou de zagueiro
contra o Brasil, fez as vezes de
lateral. Do outro lado, Heinze,
que foi zagueiro ante o Peru,
ajudava a proteger o visitante.
A Argentina passou a crescer,
mantendo a posse de bola. O
Uruguai recuou. Mesmo com
Messi apagado, o visitante acabou melhor o primeiro tempo.
Maradona, que chegou ao
Centenário dizendo repetidamente "tudo bem" aos repórteres, passou o tempo todo em pé
no limite da área técnica, gesticulando algumas vezes com
seus jogadores, como Di Maria.
O segundo tempo começou
sem modificações nas equipes
-e com mais demora, para que
o jogo do Equador ficasse o máximo possível "na frente".
Logo no início, vários fogos
tomaram conta do Centenário.
Com o gol do Chile, de Suazo, as
duas torcidas cantaram juntas.
Nesse momento, os reservas
dos dois lados faziam aquecimento. Foi possível perceber
um membro da comissão técnica da Argentina confirmar para
Maradona o gol do Chile.
Tabárez, do outro lado, fez a
primeira substituição. Em busca da vaga direta, colocou Cavani no lugar de Jorge Rodríguez.
O Uruguai foi para a frente, porém cedeu mais espaços.
Com Verón confirmando sua
grande fase, a Argentina se
mostrava muito mais segura
em campo do que nas outras
partidas como visitante, quando foi até presa fácil para Bolívia, Equador e Paraguai.
A notícia do gol do Chile deixou o jogo melhor, com os times mais tranquilos e se arriscando mais. A luta agora era para ver quem ficava em quarto
lugar e com a vaga na Copa.
Em dois escanteios cobrados
por Forlán, quase os donos da
casa abriram o placar. Suárez,
em cruzamento pela direita,
também levou perigo para o time de Maradona, que se preocupou mais também para o
clássico com o jogo aéreo
-Schiavi se firmou como zagueiro também por ser alto.
Tabárez mexeu de novo, colocando Cristian "Cebolla" Rodríguez, recuperado de lesão, e
tentou uma pressão no final.
Maradona, preocupado com
o quanto faltava para o fim do
jogo, respondeu com Monzón,
um a mais para defender. Saiu
Di María. Depois, saiu Higuaín.
Se o "Loco" Bielsa ajudava a
Argentina no Chile, entrou no
Uruguai o "Loco" Abreu -na
vaga de outro atacante, Suárez.
No ataque uruguaio contra a
defesa argentina, venceu o ataque argentino. Após a expulsão
de Cáceres, Bolatti, a nova
aposta de Maradona, ficou com
o rebote na área e fez o gol aos
40min. Dramática, a Argentina
vai à Copa.
(RODRIGO BUENO)
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