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Para atrair COB, empresa usa Pelé como chamariz
Grupo lança projeto de ensino esportivo a distância
MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma verba inicial de R$ 5 milhões, Juan Figer como sócio,
Pelé como patrono, o ministro
do Esporte, Orlando Silva Jr.,
na festa de lançamento e contatos para lá de azeitados no Comitê Olímpico Brasileiro.
Assim nasce a Rede (Rede de
Ensino Esportivo), que pretende ser "a primeira escola brasileira dedicada à educação esportiva" e trabalhará exclusivamente com ensino a distância.
O grupo já começa suas atividades com um contrato "bem
encaminhado" com o COB, segundo Waldyr Soares, presidente da empresa.
"Tem um contrato lá, falta
eles assinarem." A ideia é que
os cursos da Rede tenham a
chancela do COB. "Queremos
aproveitar a grife do comitê, os
profissionais deles, e vamos pagar por isso, claro."
A outra parte do pagamento
será feita com tecnologia. "O
COB precisa manter contato
com gente do Brasil inteiro, e
nós estamos dispostos a oferecer os aparelhos para essa comunicação." Ainda segundo
Soares, o contrato deve ser assinado "nos próximos 20 dias".
Seria a primeira injeção de
dinheiro privado no comitê
após a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, no último dia 2.
Os valores do negócio estão
sendo mantidos em sigilo.
Outros provedores de conteúdo para os cursos da Rede
serão o CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) e o IBDD (Instituto Brasileiro de Direito
Desportivo), com quem Soares
diz ter "contatos adiantados".
O presidente do CPB, Andrew Parsons, confirma. "O
grupo nos fez uma proposta,
querem que nós sejamos fornecedores de conteúdo." O IBDD
vai ceder professores e formular a grade do curso de pós-graduação em direito desportivo.
A Rede terá dois estúdios, um
no Rio e outro em São Paulo, de
onde serão geradas as imagens
para os cursos, transmitidos via
satélite para as salas de aula. Os
alvos são universidades privadas, para atuar como parceiras,
franquias, mercado corporativo e, por último, o poder público. Há cursos de pós-graduação
e extensão universitária.
Os sócios de Soares na empreitada são o advogado Hélcio
Kronberg, do Paraná, e o empresário Juan Figer, responsável pela contratação de Pelé.
O investimento inicial é de
R$ 5 milhões. A principal arma
da empresa é oferecer a empresários a possibilidade de associar suas marcas a Pelé.
"Eu quero o Pelé educador, o
símbolo de qualidade de vida,
que vai fazer 69 anos neste mês
e está inteiro", diz Waldyr Soares. "Eu não quero o Pelé que
comenta sobre o Maradona."
Ele recusa o rótulo de garoto--propaganda para o tricampeão
mundial. Diz que é o patrono da
instituição. "Ele ajuda, atrai,
mas, para mantê-los, conto
com a grife dos professores."
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