São Paulo, quinta-feira, 15 de outubro de 2009

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Para atrair COB, empresa usa Pelé como chamariz

Grupo lança projeto de ensino esportivo a distância

MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma verba inicial de R$ 5 milhões, Juan Figer como sócio, Pelé como patrono, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., na festa de lançamento e contatos para lá de azeitados no Comitê Olímpico Brasileiro.
Assim nasce a Rede (Rede de Ensino Esportivo), que pretende ser "a primeira escola brasileira dedicada à educação esportiva" e trabalhará exclusivamente com ensino a distância.
O grupo já começa suas atividades com um contrato "bem encaminhado" com o COB, segundo Waldyr Soares, presidente da empresa.
"Tem um contrato lá, falta eles assinarem." A ideia é que os cursos da Rede tenham a chancela do COB. "Queremos aproveitar a grife do comitê, os profissionais deles, e vamos pagar por isso, claro."
A outra parte do pagamento será feita com tecnologia. "O COB precisa manter contato com gente do Brasil inteiro, e nós estamos dispostos a oferecer os aparelhos para essa comunicação." Ainda segundo Soares, o contrato deve ser assinado "nos próximos 20 dias".
Seria a primeira injeção de dinheiro privado no comitê após a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, no último dia 2. Os valores do negócio estão sendo mantidos em sigilo.
Outros provedores de conteúdo para os cursos da Rede serão o CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) e o IBDD (Instituto Brasileiro de Direito Desportivo), com quem Soares diz ter "contatos adiantados".
O presidente do CPB, Andrew Parsons, confirma. "O grupo nos fez uma proposta, querem que nós sejamos fornecedores de conteúdo." O IBDD vai ceder professores e formular a grade do curso de pós-graduação em direito desportivo.
A Rede terá dois estúdios, um no Rio e outro em São Paulo, de onde serão geradas as imagens para os cursos, transmitidos via satélite para as salas de aula. Os alvos são universidades privadas, para atuar como parceiras, franquias, mercado corporativo e, por último, o poder público. Há cursos de pós-graduação e extensão universitária.
Os sócios de Soares na empreitada são o advogado Hélcio Kronberg, do Paraná, e o empresário Juan Figer, responsável pela contratação de Pelé.
O investimento inicial é de R$ 5 milhões. A principal arma da empresa é oferecer a empresários a possibilidade de associar suas marcas a Pelé.
"Eu quero o Pelé educador, o símbolo de qualidade de vida, que vai fazer 69 anos neste mês e está inteiro", diz Waldyr Soares. "Eu não quero o Pelé que comenta sobre o Maradona."
Ele recusa o rótulo de garoto--propaganda para o tricampeão mundial. Diz que é o patrono da instituição. "Ele ajuda, atrai, mas, para mantê-los, conto com a grife dos professores."


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