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Entenda a polêmica que afeta a segunda divisão
da Reportagem Local
Principal torneio de segunda divisão já disputado no país, a Série
B do Campeonato Brasileiro está
parcialmente paralisada devido a
tentativas de "viradas de mesa" e
ações no tribunal da CBF.
A principal ação envolve Santa
Cruz e Sampaio Corrêa, desencadeada pela escalação de um jogador em situação irregular.
O atacante Anderson Ortega, do
Volta Redonda, atuou em várias
partidas do time fluminense na
primeira fase da competição, mesmo sem contrato válido no Departamento de Registros da CBF.
O Sampaio Corrêa descobriu a
irregularidade e entrou com recurso na CBF pedindo os três pontos
de seu jogo contra o Volta Redonda, que havia acabado em empate.
O recurso dos maranhenses chegou à CBF dentro do prazo de 48
horas depois da realização da partida. Isso, segundo a entidade que
dirige o futebol brasileiro, assegurou os três pontos para o clube,
que terminou a primeira fase com
a última vaga de seu grupo.
Depois de descoberta a irregularidade, o Santa Cruz, que também
enfrentou o Volta Redonda com
Anderson Ortega em campo, pediu os pontos da partida na CBF.
Depois de negar inicialmente o
pedido dos pernambucanos, alegando o problema do prazo, a CBF,
por meio de um ato administrativo, voltou atrás e deu os pontos para o Santa Cruz, o que colocou o time na segunda fase da Série B no
lugar do Sampaio Corrêa.
Anteontem, a CBF recuou dessa
última decisão e suspendeu os jogos dos envolvidos.
Com toda essa confusão, a CBF
cancelou parte dos jogos da Série B
até o julgamento final da questão,
o que pode ocorrer no sábado.
As duas partes envolvidas na
questão têm certeza da vitória.
"Estamos garantidos pela lei",
diz José Alberto Moraes, diretor de
futebol do Sampaio Corrêa.
O advogado do Santa Cruz, Ildefonso Pereira Neto, rebate.
"Ganhamos no campo e vamos
ganhar no Tribunal", diz Pereira,
que acusa o diretor do Departamento Técnico da CBF, Gilberto
Coelho, pela situação atual.
"Ele se precipitou em nos dar os
pontos, sem esperar a decisão do
Tribunal. Só agiu assim por má-fé
ou incompetência", afirma.
Além dessa polêmica, o Tribunal
esteve envolvido em duas causas
que poderiam evitar o descenso do
Fluminense para a Série C.
Na primeira, o Tribunal não tirou pontos de uma vitória do Paysandu sobre o Fluminense, que
alegava a escalação irregular de um
jogador pelo time paraense.
Na terça, o time carioca, que já
foi conhecido nos anos 70 e 80 como o "Rei do Tapetão" -alusão a
recursos ganhos à Justiça desportiva-, não conseguiu anular sua
partida contra o alagoano CRB,
que terminou empatada.
Na ação, o Fluminense alegava
que o juiz daquele jogo, Alexandre
Barreto, não poderia voltar atrás
na marcação de um pênalti a favor
do time depois da pressão dos jogadores do CRB.
Somada as duas tentativas, o Fluminense só conseguiu um voto favorável em oito possíveis.
(PC)
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