São Paulo, Segunda-feira, 15 de Novembro de 1999
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Brasil passa fácil pela Itália e ganha a ajuda das cubanas

MARCILIO KIMURA
enviado especial a Nagoya

As cubanas -rivais mais depreciadas do vôlei feminino brasileiro- dessa vez, auxiliaram a seleção nacional.
Desclassificaram o Japão, adversário direto, até então, do Brasil por uma vaga olímpica e rival de amanhã, às 6h (de Brasília), na partida de encerramento da Copa do Mundo, em Nagoya (cerca de 460 km a sudoeste de Tóquio).
Ontem, Cuba bateu as anfitriãs por 3 a 0 e garantiu uma das três vagas para Sydney-2000 que o torneio oferece.
A seleção também foi favorecida pela Rússia, que se classificou aos Jogos ao superar por 3 a 1 da China, única que pode ameaçar a vaga brasileira.
Mas o time oriental precisaria vencer seus dois jogos (enfrentaria hoje o Japão), torcer por duas derrotas do Brasil (que pegaria as russas na madrugada de hoje) e depender do set average (sets vencidos divididos pelos perdidos).
Ao passar fácil, no mesmo dia, pela Itália, por 3 a 0, o time do técnico Bernardinho somou oito vitórias -duas a mais do que as chinesas- e uma derrota.
Por outro lado, Cuba e Rússia prejudicaram a seleção, deixando a equipe mais longe do título da Copa do Mundo. Mantiveram-se invictas, e agora somente uma combinação de resultados poderia dar às brasileiras uma colocação superior ao terceiro lugar.
"A classificação à Olimpíada é nossa prioridade", conformou-se o técnico Bernardinho, que já estudava poupar o time contra a Rússia para ter mais poder de decisão contra as japonesas.

Treino
Com um desempenho "vergonhoso", segundo o próprio técnico Angiolino Frigoni, a Itália ofereceu um "treinamento" de uma hora e cinco minutos ao Brasil.
A seleção continua o time mais "enxuto" do torneio. É o que menos sets disputou (29), menos pontos sofreu (549) e o segundo que menos permaneceu em quadra (10 horas e 21 minutos).
Em fáceis 3 sets a 0 -parciais de 25/22, 25/12 e 25/17- a equipe de Bernardinho teve como destaque o saque, o bloqueio e a defesa.
""Foi bom vencermos rápido, para chegarmos inteiros ao último jogo. Conseguimos impedir as jogadas rápidas das italianas, que ficaram inseguras durante o restante do jogo", afirmou o técnico brasileiro.
Virna foi a maior pontuadora (20) e a melhor jogadora da partida. Só na primeira parcial, quando o Brasil demorou um pouco para ajustar o bloqueio e cometeu alguns erros ofensivos e de passe, as jogadoras européias ofereceram alguma resistência.
Nos dois últimos sets, a seleção abriu vantagem de sete pontos logo no início e apenas administrou a superioridade.


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