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Brasil passa fácil pela Itália
e ganha a ajuda das cubanas
MARCILIO KIMURA
enviado especial a Nagoya
As cubanas -rivais mais depreciadas do vôlei feminino brasileiro- dessa vez, auxiliaram a seleção nacional.
Desclassificaram o Japão, adversário direto, até então, do Brasil por uma vaga olímpica e rival
de amanhã, às 6h (de Brasília), na
partida de encerramento da Copa
do Mundo, em Nagoya (cerca de
460 km a sudoeste de Tóquio).
Ontem, Cuba bateu as anfitriãs
por 3 a 0 e garantiu uma das três
vagas para Sydney-2000 que o
torneio oferece.
A seleção também foi favorecida pela Rússia, que se classificou
aos Jogos ao superar por 3 a 1 da
China, única que pode ameaçar a
vaga brasileira.
Mas o time oriental precisaria
vencer seus dois jogos (enfrentaria hoje o Japão), torcer por duas
derrotas do Brasil (que pegaria as
russas na madrugada de hoje) e
depender do set average (sets vencidos divididos pelos perdidos).
Ao passar fácil, no mesmo dia,
pela Itália, por 3 a 0, o time do técnico Bernardinho somou oito vitórias -duas a mais do que as
chinesas- e uma derrota.
Por outro lado, Cuba e Rússia
prejudicaram a seleção, deixando
a equipe mais longe do título da
Copa do Mundo. Mantiveram-se
invictas, e agora somente uma
combinação de resultados poderia dar às brasileiras uma colocação superior ao terceiro lugar.
"A classificação à Olimpíada é
nossa prioridade", conformou-se
o técnico Bernardinho, que já estudava poupar o time contra a
Rússia para ter mais poder de decisão contra as japonesas.
Treino
Com um desempenho "vergonhoso", segundo o próprio técnico Angiolino Frigoni, a Itália ofereceu um "treinamento" de uma
hora e cinco minutos ao Brasil.
A seleção continua o time mais
"enxuto" do torneio. É o que menos sets disputou (29), menos
pontos sofreu (549) e o segundo
que menos permaneceu em quadra (10 horas e 21 minutos).
Em fáceis 3 sets a 0 -parciais de
25/22, 25/12 e 25/17- a equipe de
Bernardinho teve como destaque
o saque, o bloqueio e a defesa.
""Foi bom vencermos rápido,
para chegarmos inteiros ao último jogo. Conseguimos impedir
as jogadas rápidas das italianas,
que ficaram inseguras durante o
restante do jogo", afirmou o técnico brasileiro.
Virna foi a maior pontuadora
(20) e a melhor jogadora da partida. Só na primeira parcial, quando o Brasil demorou um pouco
para ajustar o bloqueio e cometeu
alguns erros ofensivos e de passe,
as jogadoras européias ofereceram alguma resistência.
Nos dois últimos sets, a seleção
abriu vantagem de sete pontos logo no início e apenas administrou
a superioridade.
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