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TÊNIS
Brasileiro joga menos que Hewitt, seu principal rival na Corrida, mas não consegue o mesmo desempenho agora
Mais descansado, Guga vê adversários com mais "fôlego"
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY
No momento decisivo da temporada, a energia que parece faltar para Gustavo Kuerten, 25, sobra no seu maior adversário pelo
título da Corrida dos Campeões-2001 e no último obstáculo do tenista brasileiro na primeira fase
do Masters de Sydney.
Apesar de ter jogado muito menos do que o australiano Lleyton
Hewitt, 20, e o russo Ievguêni Kafelnikov, 27, na temporada, Guga
não tem conseguido atuar no
mesmo nível que os dois adversários agora, quando os tenistas estão esgotados e jogando com as
mais variadas contusões.
Tanto que o australiano, após a
vitória de ontem sobre o americano Andre Agassi por 2 sets a 0 (6/3
e 6/4), pode passar o brasileiro na
Corrida dos Campeões, dependendo de uma combinação de resultados, já amanhã.
Guga, que nesta madrugada enfrentaria o espanhol Juan Carlos
Ferrero para manter vivas suas esperanças de triunfar na Austrália
e no ranking ao final da temporada, tinha somente oito pontos de
vantagem sobre o campeão do
Aberto dos EUA.
Com seu triunfo, Hewitt, que
disse já estar satisfeito se terminar
o ano no segundo lugar no ranking, é o primeiro tenista garantido nas semifinais do Masters.
No mesmo grupo, seu compatriota Patrick Rafter foi eliminado
ao perder para o francês Sébastien
Grosjean por 2 a 0 (7/6 e 6/3).
O francês decide hoje a outra
vaga da chave com Agassi.
Se não tem chances de superar
Kuerten no ranking, Kafelnikov é
considerado favorito pelos apostadores australianos para o jogo
de amanhã entre os dois.
No "mar de lamentações" que é
o circuito no final do ano, com todos os tenistas reclamando do
desgaste físico, o brasileiro, que
não conta com um profissional
específico para a sua preparação
física, tem muito menos argumentos para se queixar do calendário do que Hewitt e Kafelnikov.
Com sua queda de rendimento
nos últimos dois meses, Guga
chegou a Sydney com uma bagagem muito menor em termos de
inchaço no calendário.
Até agora, o brasileiro, que já
pediu até mudanças nas datas do
tênis, com um período maior de
férias, atuou 76 vezes em 2001.
Já Hewitt acumula 93 jogos, enquanto Kafelnikov, geralmente o
atleta que mais atua no circuito,
entrou em quadra 95 vezes.
Apesar de mostrar ceticismo
quanto às chances de conquistar o
bicampeonato do Masters após
estrear na Austrália com derrota
diante de Goran Ivanisevic, Guga
não mostra tensão pela fase atual.
Ontem, em um Super Dome inteiramente vazio, treinou fazendo
brincadeiras o tempo todo com
seu técnico, Larri Passos, que
também não perdeu a oportunidade de "provocar" Hewitt, quando ele entrou na quadra para iniciar seu treinamento.
Após uma troca de bolas com
seu pupilo, Passos gritou da mesma forma que o australiano comemora seus pontos.
NA TV - Masters, ao vivo, a
partir das 5h30, na Sportv
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