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São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2003

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VÔLEI

Time arrasa os EUA por 3 a 0 na Copa do Mundo e assegura vaga olímpica

"Jogo perfeito" põe a seleção feminina em Atenas-2004

Shizuo Kambayashi/Associated Press
Walewska, que anotou cinco pontos de bloqueio ontem, ataca sob marcação de Heather Bown


DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil carimbou ontem seu primeiro passaporte no vôlei para Atenas-2004. A seleção feminina entrou em quadra precisando de uma vitória para assegurar sua vaga e foi impecável.
A equipe não deu chance para os EUA, cravou 3 a 0 (25/15, 25/23 e 25/20) e jogaria nesta madrugada, contra a Itália, só para cumprir tabela na Copa do Mundo.
"Tivemos atuações brilhantes em todos os fundamentos. Todas as jogadoras atuaram bem, e fecharemos a Copa com chave de prata, já que não deu para ser ouro", disse o técnico Zé Roberto, contando com a vitória da China sobre o Japão nesta madrugada.
Até ontem, suas comandadas só haviam perdido para as chinesas, que já têm a vaga olímpica. O Brasil só ficaria com o título da Copa se batesse a Itália por 3 a 0, e a China perdesse sua invencibilidade.
"Foi a nossa melhor partida [contra os EUA]. Evoluímos do início da competição até aqui. Pena que nossa estréia foi contra a China. Se o jogo fosse hoje, o resultado poderia ser outro", disse a levantadora Fernanda Venturini.
Os dois fundamentos da equipe que mais evoluíram durante a competição foram essenciais para a vitória de ontem.
O saque, apontado por Zé Roberto como deficiente antes do torneio, desestabilizou o passe dos EUA e ainda foi responsável por quatro pontos diretos.
Diminuindo as opções e a velocidade dos ataques rivais, a seleção também foi muito eficiente na defesa e não deixava a bola cair.
O bloqueio brasileiro -nove pontos-, também se destacou, e Valeskinha desbancou a americana Danielle Scott do topo do ranking do fundamento até ontem.
"Foi o primeiro passo. Agora vou lutar pelo meu lugar no grupo que vai a Atenas", disse a meio-de-rede, uma das quatro jogadoras do atual elenco alçadas à seleção por Marco Aurélio Motta.
A Copa do Mundo foi o primeiro torneio do time contra potências mundiais após o fim da tumultuada passagem do ex-técnico. Em julho, ele pediu demissão e deu lugar a Zé Roberto.
Com o novo treinador, voltaram a vestir a camisa verde-amarela as jogadoras que haviam se rebelado no ano passado.
"Nós [atletas que deixaram a seleção] fizemos muitas reivindicações e precisávamos atender às expectativas", disse Walewska, pivô da crise em 2002 ao lado de Érika, Fofão, Raquel e Virna.


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