São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 2006

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suíça x brasil

Roberto Carlos acorda, herdeiros, não

Contra a Suíça, hoje, Dunga continua a busca por um sucessor na seleção para o lateral-esquerdo, que renasce no Real

Posição de um dos "vilões" do fracasso no Mundial da Alemanha registra a maior rotatividade no atual comando do time nacional

Georgios Kefalas/Associated Press
Tinga, convocado por Dunga para a vaga do trintão Edmílson


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A lateral esquerda é o grande ponto de interrogação da nova seleção brasileira, que faz hoje, às 17h30, contra a Suíça, o sexto amistoso da era Dunga.
Já foram três titulares (Gilberto, Marcelo e Adriano). Nenhuma posição teve uma rotatividade tão alta e tem uma indefinição tão grande. Eles tinham, na teoria, uma missão que parecia fácil: fazer o torcedor esquecer de Roberto Carlos, um dos "vilões" no fracasso na Copa da Alemanha.
Mas nenhum dos três engrenou. E a comparação com o Roberto Carlos atual é cruel.
Gilberto se machucou. Marcelo, que ontem acertou com o Real Madrid, afundou junto com o Fluminense no Brasileiro. Adriano será o titular hoje, mas pode dar lugar para o santista Carlinhos, outro novato chamado por Dunga, no segundo tempo contra os suíços.
"Vamos continuar fazendo testes", disse o treinador, que está invicto no cargo.
Enquanto isso, Roberto Carlos, que flertava com o periférico futebol turco antes do início da temporada, retomou seu status no Real Madrid.
Ele foi titular nos 14 jogos que o time já fez pelo Campeonato Espanhol e pela Copa dos Campeões. Não ficou em campo durante os 90 minutos somente uma única vez.
O vigor para chegar ao ataque e finalizar com eficiência também voltou. No Campeonato Espanhol, Roberto Carlos acerta 48% das suas conclusões. Na Copa dos Campeões, 60%. Segundo o Datafolha, só 20% de seus chutes na Copa alemã tiveram a direção certa.
"Estamos bem porque temos Roberto Carlos", disse o italiano Fabio Capello, o técnico do brasileiro no Real, que, satisfeito com a recuperação do jogador, estendeu na semana passada seu contrato até 2009.
Entre os três principais veteranos brasileiros na Alemanha, o lateral-esquerdo é o único que reagiu. Cafu e Ronaldo, seus companheiros de geração e fracasso na Copa da Alemanha, continuam mergulhados na má fase, e a nova seleção brasileira não sente falta deles.
O jogo de hoje é o último da seleção na temporada. No próximo ano, além de amistosos, disputa a Copa América da Venezuela e inicia a disputa das eliminatórias para o Mundial de 2010, na África do Sul.

NA TV - Suíça x Brasil
Globo, ao vivo, às 17h30



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