São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2008

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Muricy encosta em Luxemburgo

São-paulino está próximo de ultrapassar palmeirense em aproveitamento nos pontos corridos

Com vantagem nos jogos diretos, técnico líder do Brasileiro tem sido superior a colega do time alviverde nos últimos três Nacionais


RODRIGO BUENO
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Vanderlei Luxemburgo se diz o melhor técnico do Brasil e coloca o são-paulino Muricy Ramalho como o segundo da lista. Pelos números, é possível apontar ascensão do rival.
Os dois dominam a era dos pontos corridos no Brasileiro. Muricy acumulou mais pontos desde 2003 (423) por ter trabalhado em mais, mas Luxemburgo ainda leva a melhor em aproveitamento (62,4% x 60,5%).
Mas, nos últimos três anos, a vantagem do mais caro treinador do país caiu bastante.
Matematicamente, há chance de Muricy ultrapassar Luxemburgo em aproveitamento ainda neste ano. Para isso, teria de vencer seus quatro jogos restantes e ver o palmeirense derrotado em todas suas partidas.
Próximas em aproveitamento, as campanhas revelam perfis distintos dos dois técnicos.
Com o time mais competitivo, Muricy perde menos -23% dos jogos, contra 25% do adversário. Já Luxemburgo obtém mais vitórias: 56,1% contra 52,4% do são-paulino.
Neste ano, Muricy está mais perto da terceira conquista seguida do Nacional. Luxemburgo não conseguiu o tri -também ganho por Rubens Minelli. Mas ainda é o mais vitorioso do Brasileiro, com cinco títulos.
Quando a comparação é no confronto direto, Muricy leva vantagem sobre o palmeirense. O técnico são-paulino acumula nove vitórias contra seis do ex-treinador da seleção brasileira. Há dois empates no histórico.
Neste ano, a disputa foi equilibrada: duas vitórias para cada lado e um empate. Luxemburgo levou o Paulista, e Muricy lidera o Brasileiro. Repete-se os últimos anos: o palmeirense é tricampeão estadual, e o são-paulino quer o tri nacional.
Essa seqüência vitoriosa de Muricy no Nacional fez com que a CBF o colocasse num patamar acima do de Luxemburgo para uma possível substituição a Dunga no comando da seleção brasileira, segundo a Folha apurou. Ao contrário do rival, o são-paulino não se intitula o número 1, mas se defende. "Também entendo um pouco desta coisa", costuma dizer.


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