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Inter ainda é favorito, diz Ronaldinho
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem mesmo a impiedosa
goleada por 4 a 0 sobre o
América do México fez Ronaldinho mudar de opinião
sobre quem considera o
principal candidato a ficar
com a taça do Mundial.
"Claro que jogamos muito
bem hoje [ontem]. Mas eu
disse antes e volto a dizer:
não somos os favoritos", afirmou o camisa 10, após o jogo.
Discurso que ele e boa parte da equipe catalã já utilizara antes de encarar o oponente mexicano, alegando
que o América havia tido
mais tempo para se preparar.
Mais uma vez, Ronaldinho
deu a desculpa da parte física
para colocar o Internacional
à frente do páreo.
"Como não somos favoritos, vamos aproveitar. Não
teremos pressão. O Inter está melhor fisicamente e,
além disso, conta com um
dos melhores preparadores
físicos [Paulo Paixão] do
mundo", afirmou o jogador.
Antes que a velha rivalidade trazida dos tempos em
que defendeu o Grêmio pudesse ser reavivada, Ronaldinho tratou logo de mudar o
foco da decisão.
"A partida contra o Inter é
especial porque é a final do
torneio que o Barcelona jamais conquistou, e não porque eu jogava pelo Grêmio."
Questionado a respeito da
revelação colorada, o atacante Alexandre Pato, de 17
anos, Ronaldinho elogiou o
garoto, como fizera anteriormente. "Dá para ver que ele
tem qualidade. O gol que ele
fez na estréia mostra isso.
Ele se movimenta bastante.
A maneira como toca na bola
mostra que é diferenciado."
Outro que ganhou a atenção dele foi o meia-atacante
Fernandão, contra quem deverá travar duelo particular
na partida em Yokohama.
"O Fernandão é um grandiosíssimo jogador e precisa
ser respeitado", afirmou.
O jeito de bom moço pregado pelo jogador desde que
pisou em solo asiático parece
ter cativado ainda mais a torcida local, que ontem o ovacionava a cada toque na bola.
O craque retribuiu o apoio
vindo das arquibancadas do
estádio de Yokohama. "Eu
me senti como se estivesse
em Barcelona. Cada vez que
venho ao Japão, sou muito
bem recebido", elogiou.
Sobre o placar elástico
diante do América, Ronaldinho preferiu adotar mais
uma vez um tom político em
suas palavras. "Só parecia
que estava fácil. Porque lá
dentro de campo foi uma
partida muito difícil", ressaltou o brasileiro.0
(RC E RBU)
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