São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

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A 1ª vez

Inter perde para o Mazembe e vive o maior vexame de um clube de elite em um torneio da Fifa

Internacional 0

Mazembe 2
Kabangu, aos 8min, e Kaluyituka, aos 41min do 2º tempo

DE SÃO PAULO

O Internacional acumulou vários vexames ontem: tornou-se o primeiro time brasileiro a perder um jogo no Mundial de Clubes da Fifa; virou o primeiro clube sul-americano a não alcançar a decisão do torneio; permitiu a um time de fora do eixo América do Sul-Europa chegar à final pela primeira vez.
Tudo isso porque, na primeira semifinal do torneio, perdeu por 2 a 0 para o Mazembe, da República Democrática do Congo (129º no ranking de seleções da Fifa), representante da África no Mundial de Abu Dhabi.
O Inter disputará o terceiro lugar, contra o perdedor de Inter de Milão e o sul-coreano Seongnam, que jogam hoje.
Nas quartas de final, o Mazembe havia derrotado o mexicano Pachuca, por 1 a 0.
Ontem, ao eliminar o Inter, mostrou que o resultado não foi uma surpresa.
O time do técnico Celso Roth começou melhor, mas perdeu várias chances claras de gol no primeiro tempo.
O favoritismo do Inter não se confirmava, e o segundo tempo foi todo dos africanos.
Aos 8min, uma bela troca de passes terminou com uma finalização espetacular de Kabangu: um chute com efeito, no ângulo de Renan, que nem tentou ir na bola.
Desesperado, o Inter não conseguiu reagir. Ao fim do jogo, teve muito mais finalizações e muito menos pontaria do que o rival africano.
Enquanto o time brasileiro chutou 23 vezes e acertou só seis, o Mazembe mandou no alvo em sete dos 12 chutes contra o gol de Renan.
O Inter esbarrou no próprio nervosismo e em mais uma boa atuação do goleiro Kidiaba. Foram pelo menos três defesas difíceis do camisa 1 africano -que também chamou atenção ao repetir suas danças a cada gol.
Enquanto tentava pressionar o Mazembe, o time gaúcho permitia contra-ataques dos africanos. E assim saiu o segundo gol do Mazembe: Kaluyituka escapou pela esquerda, driblou Guiñazu e bateu rasteiro, cruzado.
O segundo gol decretou o maior fiasco de um clube sul-americano na história do Mundial de Clubes.
Desde que o atual formato foi adotado, em 2005, a decisão sempre foi disputada pelos representantes da Europa e da América do Sul.
Até o fracasso do Inter hoje, um clube brasileiro jamais havia perdido um jogo nessa competição: o cartel era de nove vitórias e 13 empates, incluindo as atuações de Vasco e Corinthians em 2000, quando o campeonato foi disputado no Brasil.
Para conquistar o segundo Mundial (o primeiro havia sido em 2006, ante o Barcelona), o Internacional deixou em segundo plano o Campeonato Brasileiro -jogou várias partidas com reservas.


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