São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 |
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Taça Brasil é a polêmica da unificação BRASILEIRO Torneio era curto e dava regalias a paulistas e cariocas RODRIGO BUENO DE SÃO PAULO Na proposta de unificação dos títulos nacionais brasileiros, a grande polêmica está na Taça Brasil, pioneiro torneio que tinha um caráter de copa e era curto e restritivo. Caso a CBF equipare todos os torneios nacionais entre 1959 e 1970 ao Campeonato Brasileiro, uma revolução estatística e histórica estará decretada no futebol nacional. E é a Taça Brasil que alimenta os críticos à unificação total. A Taça Brasil foi criada em 1959 para que fosse indicado um representante para a Libertadores, nascida em 1960. Foi adotado para o torneio o sistema de mata-mata. O Bahia, campeão, fez 12 jogos porque entrou em fase preliminar. O Santos, por ser de um Estado mais tradicional no futebol, entrou apenas na semifinal. Clubes paulistas e cariocas tinham essa regalia. Em 1963 e em 1965, o time de Pelé precisou de só quatro jogos para ser campeão da Taça Brasil. O Brasileiro em que o campeão fez menos jogos foi o de 1989 -o Vasco triunfou em 19 partidas. Apenas os campeões estaduais entravam na Taça Brasil, algo que se repetiu em 1989, ano da criação da Copa do Brasil, a segunda competição mais importante do país na atualidade. O Santos, hegemônico na era de Pelé, ganhou cinco vezes seguidas a Taça Brasil, entre 1961 e 1965. Nesse penta genuíno, fez um total de 24 partidas, pouco mais que um turno do Brasileiro atual. Também não pegou alguns grandes clubes nos títulos. Após o Rio-São Paulo terminar de forma melancólica em 1966, com quatro clubes dividindo o título, foi criado o "Robertão", ampliação do Rio-São Paulo com times de alguns outros Estados com futebol forte na época, notadamente Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O modelo foi o de um campeonato. A Taça Brasil prosseguiu. O Palmeiras, em 1967, venceu tanto o "Robertão", quando superou 14 rivais, como a Taça Brasil, na qual duelou só contra Grêmio e Náutico - foram cinco jogos. Em 1968, Palmeiras e Santos, dois clubes que lutaram pela unificação, abandonaram a Taça Brasil. O torneio quase não chegou ao fim. O Botafogo passou pelo Metropol, de Criciúma, por W.O. (era normal clubes reclamarem de calendário e viagens). Com a unificação, o Palmeiras será campeão duas vezes do Brasileiro em 1967. E 1968 vai ter dois campeões. Texto Anterior: Tostão: Credibilidade Próximo Texto: Palmeiras é contido, e Santos fala em festa Índice | Comunicar Erros |
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