São Paulo, Domingo, 16 de Janeiro de 2000


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BASQUETE
Técnico do feminino não vê candidatas para seleção
Fraco, Paulista feminino não tem revelações para Sydney

LUÍS CURRO
da Reportagem Local

As quatro equipes que disputam a fase semifinal do Campeonato Paulista feminino de basquete, o mais forte regional do Brasil, foram de pouca valia para a seleção brasileira nos últimos meses.
Nesta competição, na análise do treinador da seleção, Antonio Carlos Barbosa, Paraná/Carapicuíba, Arcor/Santo André, BCN/ Osasco e Knorr/Campinas não conseguiram revelar jovens jogadoras que possam ser utilizadas em sua equipe, que em setembro disputa a Olimpíada de Sydney.
Para efeito de comparação, os semifinalistas do Nacional-99 (terminado em abril) "forneceram" cinco novos nomes à seleção brasileira: Chuca (Arcor), Adrianinha, Micaela, Lilian e Kátia Denise (todas do BCN).
A Folha pediu a Barbosa, 54, para enumerar jogadoras do Paulista que lhe agradaram e que não foram convocadas durante o ano passado para a seleção adulta.
Como revelações do torneio, Barbosa citou a pivô Geisa, da Unimed/Ourinhos, e a ala-armadora Sandrinha, do Guaru, ambas com 20 anos de idade. As duas equipes, limitadas tecnicamente, caíram nas quartas-de-final.
Dos semifinalistas, o técnico destacou duas atletas bem mais velhas, a pivô Maristela Owergoor, 29, e a ala Cintia Luz, 28, que, no entanto, a exemplo das mais novas, não devem ter chance de ir aos Jogos Olímpicos.
Geisa e Sandrinha até podem ser chamadas para treinos, apesar de isso ser pouco provável, uma vez que Barbosa diz ter 22 atletas já experimentadas no ano passado (na verdade foram 23) -número suficiente para extrair as 12 que irão à Austrália.
Cintia e Maristela, mesmo lembradas por estarem atravessando boa fase, não estão nos planos de Barbosa. Só teriam chance no caso de contusão de várias jogadoras de suas respectivas posições.
Barbosa levará com certeza à Olimpíada, se todas estiverem em forma, as armadoras Helen (Paraná) e Adrianinha (BCN), as alas-armadoras Silvinha (Paraná) e Claudinha (BCN), as alas Janeth (Arcor) e Adriana (Arcor), a ala-pivô Leila (Knorr) e as pivôs Kelly (BCN), Marta (Knorr), Alessandra e Cíntia Tuiú (ambas atuando no basquete italiano).
Restaria uma vaga, e as preferidas do técnico são as pivôs Zaine (BCN) e Eliane (Santa Maria/ São Caetano). Por fora, correm as alas Lilian (BCN) e Roseli (sem clube).
"Das 22 que trabalharam com a gente neste ano (1999), algumas não foram bem e não serão chamadas", afirmou Barbosa.
Entre essas que fracassaram estariam as alas-pivô Rosângela (Ourinhos) e Juliana (Santa Maria) e as pivôs Patrícia Mara (Paraná) e Kátia Denise (BCN).

Lustro
Medalha de prata em Atlanta-96, quando perdeu a final para a seleção dos EUA, o Brasil experimenta um período sem esplendor no cenário mundial.
Foi quarta colocada no Mundial de 98, na Alemanha, quando defendia o título conquistado quatro anos antes na Austrália -vitória de 96 a 84 sobre a China.
Em 91, a geração de Paula e Hortência conquistou o ouro no Pan-Americano de Havana, derrotando Cuba -tornou-se célebre a cena do líder cubano Fidel Castro cumprimentado as brasileiras.
No ano passado, desfalcada de Janeth e Claudinha (na WNBA, liga dos EUA), Alessandra (de férias) e Silvinha (machucada), a seleção não passou do quarto posto no Pan de Winnipeg.


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