|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BASQUETE
Técnico do feminino não vê candidatas para seleção
Fraco, Paulista feminino não tem revelações para Sydney
LUÍS CURRO
da Reportagem Local
As quatro equipes que disputam a fase semifinal do Campeonato Paulista feminino de basquete, o mais forte regional do Brasil,
foram de pouca valia para a seleção brasileira nos últimos meses.
Nesta competição, na análise do
treinador da seleção, Antonio
Carlos Barbosa, Paraná/Carapicuíba, Arcor/Santo André, BCN/
Osasco e Knorr/Campinas não
conseguiram revelar jovens jogadoras que possam ser utilizadas
em sua equipe, que em setembro
disputa a Olimpíada de Sydney.
Para efeito de comparação, os
semifinalistas do Nacional-99
(terminado em abril) "forneceram" cinco novos nomes à seleção brasileira: Chuca (Arcor),
Adrianinha, Micaela, Lilian e Kátia Denise (todas do BCN).
A Folha pediu a Barbosa, 54, para enumerar jogadoras do Paulista que lhe agradaram e que não
foram convocadas durante o ano
passado para a seleção adulta.
Como revelações do torneio,
Barbosa citou a pivô Geisa, da
Unimed/Ourinhos, e a ala-armadora Sandrinha, do Guaru, ambas
com 20 anos de idade. As duas
equipes, limitadas tecnicamente,
caíram nas quartas-de-final.
Dos semifinalistas, o técnico
destacou duas atletas bem mais
velhas, a pivô Maristela Owergoor, 29, e a ala Cintia Luz, 28,
que, no entanto, a exemplo das
mais novas, não devem ter chance
de ir aos Jogos Olímpicos.
Geisa e Sandrinha até podem
ser chamadas para treinos, apesar
de isso ser pouco provável, uma
vez que Barbosa diz ter 22 atletas
já experimentadas no ano passado (na verdade foram 23) -número suficiente para extrair as 12
que irão à Austrália.
Cintia e Maristela, mesmo lembradas por estarem atravessando
boa fase, não estão nos planos de
Barbosa. Só teriam chance no caso de contusão de várias jogadoras de suas respectivas posições.
Barbosa levará com certeza à
Olimpíada, se todas estiverem em
forma, as armadoras Helen (Paraná) e Adrianinha (BCN), as alas-armadoras Silvinha (Paraná) e
Claudinha (BCN), as alas Janeth
(Arcor) e Adriana (Arcor), a ala-pivô Leila (Knorr) e as pivôs Kelly
(BCN), Marta (Knorr), Alessandra e Cíntia Tuiú (ambas atuando
no basquete italiano).
Restaria uma vaga, e as preferidas do técnico são as pivôs Zaine
(BCN) e Eliane (Santa Maria/ São
Caetano). Por fora, correm as alas
Lilian (BCN) e Roseli (sem clube).
"Das 22 que trabalharam com a
gente neste ano (1999), algumas
não foram bem e não serão chamadas", afirmou Barbosa.
Entre essas que fracassaram estariam as alas-pivô Rosângela
(Ourinhos) e Juliana (Santa Maria) e as pivôs Patrícia Mara (Paraná) e Kátia Denise (BCN).
Lustro
Medalha de prata em Atlanta-96, quando perdeu a final para a
seleção dos EUA, o Brasil experimenta um período sem esplendor
no cenário mundial.
Foi quarta colocada no Mundial
de 98, na Alemanha, quando defendia o título conquistado quatro anos antes na Austrália -vitória de 96 a 84 sobre a China.
Em 91, a geração de Paula e Hortência conquistou o ouro no Pan-Americano de Havana, derrotando Cuba -tornou-se célebre a
cena do líder cubano Fidel Castro
cumprimentado as brasileiras.
No ano passado, desfalcada de
Janeth e Claudinha (na WNBA, liga dos EUA), Alessandra (de férias) e Silvinha (machucada), a seleção não passou do quarto posto
no Pan de Winnipeg.
Texto Anterior: Judô: Seletiva para Sydney tem fase decisiva Próximo Texto: Desempenho na base assusta técnico Índice
|