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Itinerante e longo, Paulista-08 não poupa grandes
Disputa em São Paulo, que começa hoje, exige mais viagens e tem mais datas que os torneios congêneres de RJ, MG, RS
Partidas marcadas para as 11h, com parada técnica,
e tradicionais estádios interditados incrementam dificuldades da competição
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Campeonato Paulista pode
não ser o melhor Estadual do
país, mas é, para os seus principais clubes, o mais desgastante.
Comparando com os outros Estaduais de forte peso, fica claro
que a competição em São Paulo, que dá a largada hoje com
cinco partidas, exige muito
mais de seus grandes clubes.
Com 20 participantes mais
uma vez, a disputa tem uma
primeira fase mais extensa que
os torneios de Rio, Minas Gerais e Rio Grande Sul.
Se Estadual do Rio os grandes não farão viagens, nem
mesmo curtas, São Paulo e Palmeiras podem fazer 9 cada um,
Corinthians 10 e Santos 11 até o
título. Esses números podem
ainda aumentar com mandos
de campo fora da capital (o Palmeiras receberá ao menos três
rivais em Barueri). No caso do
Santos, chegaria a 13 se a federação impuser que finais e semifinais sejam na capital.
No Rio, o Maracanã abrigará
todos as partidas de Flamengo
e Fluminense, que estão na Libertadores. Botafogo e Vasco,
que estão na Copa do Brasil,
mandarão jogos contra pequenos, respectivamente, no Engenhão e em São Januário.
No Campeonato Mineiro,
Cruzeiro ou Atlético-MG podem ser campeões fazendo
apenas 15 jogos e viajando só
seis vezes, muito possivelmente -no máximo, um deles fará
sete viagens, mas isso só ocorrerá se não houver o clássico na
semifinal ou na final. Dessa forma, podem se dedicar com mais
fôlego às importantes disputas
paralelas que têm pela frente.
No Campeonato Gaúcho, as
viagens podem variar de seis a
dez partidas para Internacional
e Grêmio -o primeiro faz seis
jogos fora de casa na fase inicial, um a menos que o arqui-rival, com quem só pode cruzar
no mata-mata. Para viajarem
dez vezes, os gremistas teriam
que evitar o Inter.
Em São Paulo, além de mais
jogos e mais viagens, os times
atuarão em vários horários diferentes, um até extremamente
desgastante. Os jogos marcados
para as 11h já ganharam como
""refresco" parada técnica, para
os jogadores se hidratarem.
A parada nessas partidas será
de dois minutos (aos 20 minutos do segundo tempo) e foi
uma solicitação do Sindicato
dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo.
Maior que os principais ""co-irmãos", o Campeonato Paulista começa mais cedo que os Estaduais de Rio, Minas Gerais e
Rio Grande do Sul. O segundo
jogo da final (o sistema de disputa é o mesmo do ano passado) acontecerá no dia 4 de
maio, seis dias antes do início
do Campeonato Brasileiro.
Dois grandes do Estado, Santos e São Paulo, disputarão a Libertadores paralelamente ao
Paulista. Os outros dois, Corinthians e Palmeiras, já têm programadas viagens também pela
Copa do Brasil.
O Estadual mais rico do país
começa com vários estádios fora de uso, como Pacaembu e
Parque Antarctica (em reformas) e Anacleto Campanella e
Canindé (interditados), o que
obrigará os mandantes habituais dessas praças a se deslocarem para mais longe.
O clima de verão em São Paulo também pode dar canseira
extra para os times. Algumas
regiões do Estado sofrem com
pesadas chuvas -no São Paulo,
por exemplo, há o temor de que
o campo do Guaratinguetá seja
um grande obstáculo devido às
esperadas chuvas para amanhã
na cidade que abrigará o jogo.
A Federação Paulista de Futebol mantém pelo segundo
ano seguido o Torneio do Interior, disputa para os pequenos
de fora da capital que não avançarem à fase semifinal. Esse
""campeão do interior" fatura
R$ 250 mil, metade do que ganhará o vice do Paulista.
Houve um aumento na premiação em relação ao ano passado. O campeão estadual ficará com R$ 2 milhões -em
2007, o Santos abocanhou R$
1,5 milhão pelo bicampeonato.
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