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Após 1º tempo ruim, clássico se define no banco
Melhor no jogo, São Paulo abre placar após as entradas de Hernanes e Borges; gol do Corinthians nasce com revelação
São Paulo 1
Corinthians 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem brilho em campo no primeiro tempo, São Paulo e Corinthians só conseguiram mexer no placar quando acionaram seus bancos de reservas.
Do lado são-paulino, foram
os titulares Hernanes e Borges,
poupados no início do duelo, os
responsáveis pelo gol da equipe. Do lado corintiano, o meia
Boquita, recém-promovido da
base, foi quem criou o lance para empatar o clássico.
Esquentaram um jogo que,
de início, tinha um São Paulo
mais bem postado taticamente
e controlando um Corinthians
nervoso. Foi esse o cenário em
todo o primeiro tempo.
Os são-paulinos tinham sete
reservas na formação inicial.
Dos titulares, André Dias, Rodrigo, Richarlyson e Jean. Principal atacante, Washington
nem estava no banco. Cérebro
do time, Hernanes não iniciou.
"Talvez fosse melhor para a
gente que o São Paulo colocasse
seus principais jogadores com a
cabeça na quarta. Mas Dagoberto, Bosco e Richarlyson não
podem ser considerados reservas, eles estão reservas", ponderou o técnico corintiano, Mano Menezes, referindo-se à estreia do adversário na Libertadores, contra o Independiente.
"Não dá para jogar na quinta,
às 22h, depois um clássico no
domingo e um jogo de Libertadores na quarta. Por isso não
escalei os principais, mas os caras jogaram bem", disse o são-paulino Muricy Ramalho.
Mesmo sem a formação principal, o São Paulo ganhava a
maior parte dos lances no
meio-campo, ameaçava com jogadas pelas laterais e só esbarrava na incompetência da conclusão do atacante André Lima.
Sem atacante fixo à frente
-Souza era reserva-, o Corinthians mal parava a bola em seu
ataque. Ela voltava toda hora.
Para conter o rival, os corintianos faziam muitas faltas. E
em um lance de nervosismo,
Túlio deu soco em André Dias,
aos 38min, e foi expulso.
"Levantei meu antebraço na
barriga do André Dias, que desabou", tentou se justificar o alvinegro, negando a agressão.
"Ele tentou simular um pênalti, e eu só disse a ele: "Não faz
isso, não". E ele me agrediu", rebateu o são-paulino.
Com um a mais, o São Paulo
não conseguiu manter a pressão sobre o Corinthians no segundo tempo. Afrouxou a marcação e não repetiu o domínio.
Sem criatividade dos dois lados, os treinadores resolveram
apelar ao banco de reservas. No
caso são-paulino, entraram os
titulares Hernanes e Borges.
"O time que estava em campo
era forte. Qualquer um que entrasse teria condições de jogar",
minimizou Hernanes.
Mas, aos 30min, foi o volante
quem deu passe para Dagoberto. Ele empurrou a bola para
Borges, que abriu o placar.
"Depois da temporada que tive no ano passado, não poderia
ficar sem fazer gols neste ano.
Mas consegui marcar no clássico, o que é muito importante",
disse o atacante, após marcar
pela primeira vez em 2009.
Neste momento, o São Paulo
também tinha um a menos, já
que o lateral Wagner Diniz recebera o segundo cartão amarelo e acabou expulso.
Foi outro jogador do banco,
no caso o do Corinthians, quem
interferiu no placar. Aos
36min, o meia Boquita deu passe entre as pernas de rival e deixou André Santos, mais tarde
expulso, na cara do gol para empatar. "Tenho entrado bem. Almejo um dia ser titular", disse.
O São Paulo lamentou não
vencer, mesmo com um a mais
a maior parte do tempo. "Sem
dúvida, o empate foi melhor para o Corinthians. Fomos melhores", falou André Dias.0
(EDUARDO ARRUDA E RODRIGO MATTOS)
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