São Paulo, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Novato irá ocupar posto de Barrichello

DA REDAÇÃO

A chegada de Bruno Senna à F-1 implica a despedida de outro piloto brasileiro da categoria. O novato ocupará o cockpit que nos últimos três anos pertenceu a Rubens Barrichello -seu melhor resultado foi um terceiro lugar em Silverstone, em 2008.
Com o acordo entre Bruno e a antiga Honda, fecham-se todas as vagas no grid para esta temporada.
Aos 36, no Mundial desde 1993, mas agora sem opções para correr, o piloto veterano sairá de cena com uma marca valiosa. Disputou 268 GPs, um recorde na F-1.
Viajando pelos Estados Unidos desde dezembro de 2008, Barrichello não fala publicamente sobre a categoria há semanas.
Nos últimos dias, o brasileiro participou de um torneio de golfe em Pebble Beach, Califórnia, ao lado de celebridades como os atores Kevin Costner, Bill Murray e Andy Garcia, o surfista Kelly Slater, o cantor Justin Timberlake e o ex-astro do futebol americano Dan Marino.
Mesmo que Bruno não acertasse com a equipe, dificilmente Barrichello continuaria correndo pela escuderia. Problemas de relacionamento com o inglês Nick Fry, chefe do time, minaram suas chances de uma renovação de contrato para 2009.
Dono de nove vitórias, 13 poles e 15 voltas mais rápidas na F-1, Barrichello pode surgir em outra categoria neste ano. No Brasil. Ele negocia com a equipe Vogel para disputar a próxima temporada da Stock Car.
Ironicamente, o sobrenome que substitui Barrichello na F-1 foi um marco e muitas vezes uma sombra em sua trajetória na categoria. Fã ardoroso de Senna, já admitiu que a morte do piloto da Williams, em 1994, atrapalhou sua carreira.
"Houve o peso. E não foi culpa do Ayrton ou do povo brasileiro. Eu tenho que assumir o erro de ter me comprometido... Nunca tinha ido a um velório, foi algo que me marcou. E saí de lá comprometido. Não queria tomar o lugar de ninguém. Só queria dar ao público aquilo que eu sentia quando era torcedor. Mas soou a promessa. E soando a promessa, virou uma pressão", disse Barrichello, em entrevista à Folha, publicada em 2004.
Sua saída da F-1 marca o fim de uma geração: no GP da Austrália, não haverá mais nenhum piloto que tenha dividido o grid com o brasileiro tricampeão ou que tenha visto um colega morrer na pista. (FSX)


Texto Anterior: Bruno, 25, devolve o clã "Senna" à F-1
Próximo Texto: DNA: Mundial ostentará 4 sobrenomes de peso
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.