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Novato irá ocupar posto de Barrichello
DA REDAÇÃO
A chegada de Bruno Senna
à F-1 implica a despedida de
outro piloto brasileiro da categoria. O novato ocupará o
cockpit que nos últimos três
anos pertenceu a Rubens
Barrichello -seu melhor resultado foi um terceiro lugar
em Silverstone, em 2008.
Com o acordo entre Bruno
e a antiga Honda, fecham-se
todas as vagas no grid para
esta temporada.
Aos 36, no Mundial desde
1993, mas agora sem opções
para correr, o piloto veterano
sairá de cena com uma marca
valiosa. Disputou 268 GPs,
um recorde na F-1.
Viajando pelos Estados
Unidos desde dezembro de
2008, Barrichello não fala
publicamente sobre a categoria há semanas.
Nos últimos dias, o brasileiro participou de um torneio de golfe em Pebble
Beach, Califórnia, ao lado de
celebridades como os atores
Kevin Costner, Bill Murray e
Andy Garcia, o surfista Kelly
Slater, o cantor Justin Timberlake e o ex-astro do futebol americano Dan Marino.
Mesmo que Bruno não
acertasse com a equipe, dificilmente Barrichello continuaria correndo pela escuderia. Problemas de relacionamento com o inglês Nick Fry,
chefe do time, minaram suas
chances de uma renovação
de contrato para 2009.
Dono de nove vitórias, 13
poles e 15 voltas mais rápidas
na F-1, Barrichello pode surgir em outra categoria neste
ano. No Brasil. Ele negocia
com a equipe Vogel para disputar a próxima temporada
da Stock Car.
Ironicamente, o sobrenome que substitui Barrichello
na F-1 foi um marco e muitas
vezes uma sombra em sua
trajetória na categoria. Fã ardoroso de Senna, já admitiu
que a morte do piloto da Williams, em 1994, atrapalhou
sua carreira.
"Houve o peso. E não foi
culpa do Ayrton ou do povo
brasileiro. Eu tenho que assumir o erro de ter me comprometido... Nunca tinha ido
a um velório, foi algo que me
marcou. E saí de lá comprometido. Não queria tomar o
lugar de ninguém. Só queria
dar ao público aquilo que eu
sentia quando era torcedor.
Mas soou a promessa. E
soando a promessa, virou
uma pressão", disse Barrichello, em entrevista à Folha, publicada em 2004.
Sua saída da F-1 marca o
fim de uma geração: no GP
da Austrália, não haverá
mais nenhum piloto que tenha dividido o grid com o
brasileiro tricampeão ou que
tenha visto um colega morrer na pista.
(FSX)
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