São Paulo, segunda-feira, 16 de abril de 2007

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CIDA SANTOS

A batalha continua


O Osasco tinha tudo a favor para superar o Rio e vencer a Superliga; o time até foi bem, mas pecou quando não podia


O OSASCO tinha todas as condições favoráveis: o cenário, a vantagem de estar a uma vitória do título e a ausência do técnico do Rio, Bernardinho, que estava suspenso. Em um jogo equilibrado, perdeu no quinto set, por 15 a 13, e a decisão da Superliga feminina de vôlei ficou para sábado, em Niterói.
Quem for examinar as estatísticas não conseguirá, pelos números, explicar a causa do resultado do jogo. O Rio fez 12 pontos a mais de ataque do que o Osasco (63 a 51), mas também errou mais. Registrou exatamente 12 erros a mais do que o rival (36 a 24). Resultado: tudo igual.
A diferença foi de um ponto no bloqueio a favor do time carioca (16 a 15). O mesmo um ponto na diferença da soma do placar dos cinco sets: 105 para o Rio, 104 para o Osasco. O que decidiu o jogo não foram os números, mas o momento dos erros. O Rio errou quando podia.
O destino do jogo, para os corações e as mentes que estavam na quadra, foi traçado mesmo no terceiro set. Cada equipe tinha uma vitória nas parciais anteriores, e o Osasco abriu uma vantagem de 6 a 1.
O técnico Hélio Griner, que substituiu Bernardinho no jogo, mudou meio time: trocou a levantadora Dani Lins, a central Fabiana e a ponteira Regiane. Entraram Camila Adão, Dani Vieira e Estefânia. O time acertou a recepção, virou o placar, ganhou esse set (25 a 23) e mudou a história da partida.
O Osasco ainda conseguiu se recuperar na parcial seguinte (25/19) e levar a decisão para o quinto set. O fator desequilíbrio foi então a central Thaísa, 1,96 m: ela fez quatro pontos de bloqueio e tocou em quase todas as bolas do ataque rival. Resultado: vitória do Rio.
Não dá para afirmar que o Osasco jogou mal. O time foi bem. O técnico Luizomar de Moura acertou em começar com a levantadora Fernandinha, mais rápida e ousada do que Fabiana Berto. O saque não foi tão eficiente quanto no jogo anterior. O que fez a diferença foram os erros da equipe nos momentos decisivos.
Com certeza, o Osasco perdeu a grande chance de conquistar o título, já que, além de atuar em casa, contou com outras vantagens: um dia pouco inspirado da central Fabiana, outra partida irregular da levantadora Dani Lins e mais um jogo com muitos erros da principal atacante do Rio, Renatinha.
Difícil um prognóstico para o último duelo, que será no RJ. O certo é que o local não está sendo decisivo nesta fase final. Nos quatro jogos disputados, cada time tem uma vitória dentro de casa e outra fora.
Mas o Rio saiu fortalecido e terá Bernardinho de volta. O Osasco terá que acertar a cabeça, equilibrar os nervos e dar mais bolas para a Paula Pequeno, que está virando tudo.
No masculino, Minas e Florianópolis duelam amanhã, em Belo Horizonte. No primeiro jogo da final, o time mineiro mostrou saque poderoso. Foram dez pontos de saque e a surpreendente vitória por 3 sets a 0.

ITALIANO
O oposto Anderson foi o maior pontuador da fase de classificação do Italiano: em 103 sets de 26 jogos, fez 511 pontos. O seu time, o Taranto, perdeu do Roma por 3 sets a 1 no primeiro jogo, da série de três, nas quartas-de-final. O Treviso, de Gustavo, bateu o Perugia por 3 a 2.

PROPOSTA ESPANHOLA
O Tenerife, principal rival espanhol do Murcia, de Fernanda Venturini, está de olho em Paula Pequeno. O time, dirigido pelo brasileiro Rafael Prado, perdeu a americana Logan Tom e quer uma jogadora para essa posição.

ESCLARECIMENTO
Caro leitor: nesta coluna, não divulgo a programação das transmissões de jogos pela TV. Neste caderno de esportes da Folha há espaço reservado especialmente para isso.

cidasan@uol.com.br


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