São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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Santos perde outra fora de casa

Antônio Costa/"Gazeta do Povo"
Washington, do Atlético-PR, disputa bola com o santista Pereira


DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de dominar o Atlético-PR no primeiro tempo, o Santos não conseguiu se livrar da sina de mau visitante que o acompanha nos últimos jogos. Perdeu por 1 a 0 ontem à tarde, em Curitiba.
Há quase dois meses os santistas não vencem fora da Vila Belmiro -o último triunfo foi em 25 de março, pela Libertadores. O time caiu uma posição no Brasileiro (está em 13º), ultrapassado pelo próprio Atlético-PR. Com os jogos de hoje, é possível que perca mais postos.
O Santos volta à campo na próxima quarta-feira, pela Libertadores da América, contra o Once Caldas, da Colômbia.
No seu primeiro jogo à frente do Santos pelo Brasileiro, o técnico Vanderlei Luxemburgo foi ousado. Com o desfalque de Diego, contundido, colocou o impetuoso atacante Basílio no lugar do meia.
O trio ofensivo santista se impôs facilmente sobre os donos da casa, que foram a campo com um trio de zagueiros.
Só na etapa inicial, o vice-campeão brasileiro finalizou 13 vezes (quatro certas), contra somente duas do Atlético-PR (ambas erradas). Também nos primeiros 45 minutos, o Santos teve cinco escanteios, e o adversário, nenhum.
Basílio se movimentava por todo o ataque, e Léo, pela esquerda, se apresentava como a principal opção ofensiva.
A melhor chance de gol dos santistas no primeiro tempo surgiu aos 27min: Elano cortou um zagueiro e cruzou para Renato, que chutou rente à trave.
Diante da superioridade do visitante, o técnico do Atlético-PR, Levir Culpi, mexeu no time logo aos 33min do primeiro tempo. Tirou o zagueiro Igor e pôs o lateral-direito Raulen. O ala Fernandinho foi deslocado para o meio-campo, e a equipe deixou o esquema 3-5-2 para atuar no 4-4-2.
"O Santos estava ganhando o meio-de-campo. Puxando o Fernandinho para o setor equilibramos as coisas", justificou Culpi ao término da etapa inicial.
Como resultado pela fraca atuação, o Atlético-PR deixou o campo vaiado no intervalo.
Para o segundo tempo, Luxemburgo trocou Basílio por Preto Casagrande. Mesmo com o Santos mais fechado, o Atlético, que parece ter acordado nos vestiários, fez o gol do jogo. Fernandinho cruzou da direita, e o grandalhão Washington, 1,89 m, subiu livre para, de cabeça, anotar 1 a 0.
Antes do jogo, o atacante do Atlético-PR e Narciso, do Santos, foram homenageados no centro do gramado por terem conseguido voltar ao futebol após sérios problemas de saúde -o primeiro sofreu cirurgia cardíaca e o santista teve leucemia. Washington dedicou o gol ao colega.
Luxemburgo, que se preparava para pôr Lopes no lugar de Elano, voltou atrás, colocando o atacante na vaga de Preto Casagrande, que entrara havia pouco tempo. O recuo foi inútil.
Culpi atribuiu a vitória ao empenho físico dos seus jogadores e à substituição que realizou no meio do primeiro tempo. Segundo o treinador do Atlético, o meio-de-campo de sua equipe, que já melhorara no final da etapa inicial, se consolidou nos derradeiros 45 minutos.

Colaborou a Agência Folha, em Curitiba


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