São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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FUTEBOL

Equipe atende a pedidos de Picerni e alcança sua melhor posição no ranking de desarmes do Brasileiro desde 1993

"Pegador", Palmeiras enfrenta o Cruzeiro

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Desde o início da temporada o técnico Jair Picerni tem repetido o discurso de que o Palmeiras precisa melhorar a "pegada" e aliar isso à técnica de time grande.
E, cinco rodadas depois do início do Brasileiro, o time do Parque Antarctica, que hoje entra em campo para enfrentar o Cruzeiro, às 16h, no Mineirão, em Belo Horizonte, está entre os maiores "pegadores" da competição nacional.
Com média de 138,6 desarmes por partida, de acordo com números do Datafolha, o Palmeiras é a segunda equipe que mais recupera a bola no Nacional.
Está atrás somente do Internacional (139,8 desarmes) -legítimo representante da escola gaúcha de futebol, conhecida pelo estilo aguerrido na marcação.
A eficiência no fundamento neste Nacional fez o Palmeiras alcançar um feito. É sua melhor colocação no ranking de desarmes do Datafolha desde que o instituto passou a divulgá-lo, em 1993.
Antes do time de Picerni, o Palmeiras mais "pegador" havia sido o comandado pelo técnico Marco Aurélio Motta, em 2000, na Copa João Havelange. Naquele ano, o clube foi o terceiro que mais desarmou (136,3 por jogo).
Em relação ao Campeonato Paulista, o Palmeiras conseguiu aumentar o número de desarmes. No Estadual, entre os 21 participantes, a equipe paulista foi apenas a oitava que mais roubou a bola (média de 134 por partida).
"Todos têm melhorado muito nisso", elogia Picerni.
"É importante marcarmos forte para sairmos bem para o jogo e nos aproveitarmos do nosso contra-ataque, que é rápido", avalia o volante Magrão, um dos principais ladrões de bola do Palmeiras, com média de 10,7 por confronto.
Para o jogador, que hoje será um dos incumbidos de suprir a ausência de Marcinho -o principal desarmardor da equipe, com 19,2 por partida, está suspenso-, a explicação na melhora do índice palmeirense está na cooperação entre os volantes.
"Às vezes um se sacrifica mais do que o outro. Fica mais atrás para tomar a bola. Aí, sempre tem um jogador livre", explica.
Porém a melhoria no desarme teve um preço. Se no Paulista o Palmeiras foi um dos times menos faltosos -com média de 22,7 infrações ocupava a 19º posição no ranking- no Nacional está na parte de cima dos que mais batem. Está em sétimo lugar. Sua média (26,5) é maior que a média geral da competição (24,2).
A eficiência dos marcadores palmeirenses passará por uma dura prova em Minas Gerais.
O Cruzeiro é um time que costuma tocar muito a bola e driblar pouco, o que dificulta a marcação.
O clube mineiro tem o passe mais preciso do Brasileiro, com aproveitamento de 87,7% e tenta apenas 16,2 dribles por confronto -é o nono mais driblador.


NA TV - Globo (só para SP) e Record (só para São Paulo e Fortaleza), ao vivo, às 16h


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