A perfeição dos movimentos é o alvo buscado e faz a graça desses esportes

FABIO GRIJÓ
DA REPORTAGEM LOCAL

As mãos vencem ou perdem. São responsáveis pela precisão que pode significar o triunfo. Seus movimentos aproximam ou afastam a vitória. Em poucos segundos, o toque na pistola, no arco ou na espada busca a perfeição. O alvo certeiro.
A corrida à precisão aproxima tiro esportivo, tiro com arco e esgrima, três modalidades em que detalhes constroem a trajetória do competidor.
O mínimo é a meta do atleta para alcançar o máximo na disputa. Ele tem de atirar na mosca, no espaço minúsculo no centro do alvo. Tem de atacar o adversário, mas se defender ao mesmo tempo, na esgrima.
"Por mais paradoxal que possa ser, o segredo é não pensar muito na precisão. Senão, ela se torna um fardo muito grande para você", diz Leonardo Lacerda, que disputou os dois últimos Pans no tiro com arco.
"Você treina tanto que, na hora de competir, tudo fica automático. O principal desafio é se concentrar para não pensar. Quanto mais você pensar na precisão, terá mais chances de errar", fala Leonardo.
Essa concentração visa acertar um alvo distante até 70 m, como no arco, ou bem mais perto, o próprio adversário, ali adiante, na esgrima.
Com florete, espada ou sabre, o esgrimista marca o ponto toda vez que toca, com uma das armas que definem as categorias, seu oponente. Cada arma tem uma exigência diferente da parte do corpo em que é permitido o toque. Mais precisão.
Nas duas modalidades de tiro, cada uma com equipamentos diferentes, o olhar define as chances -maiores ou menores- de sucesso. É o olho treinado que comanda o atirador e o arqueiro na empreitada.
"Você adquire isso com treinamento, fica condicionado e preparado para saber como atirar", fala Leonardo.
Os milímetros apontam o vencedor. Milímetros ensaiados à base da constante busca pela precisão que acompanha os praticantes desses esportes.


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