Jorge Araújo/Folha Imagem

O lateral Cafu treina como goleiro em Santa Cruz de la Sierra

ALEXANDRE GIMENEZ
ARNALDO RIBEIRO
do enviado especial a Santa Cruz de la Sierra

A fogueira de vaidades na seleção está colocando em risco o comando do técnico Zagallo. Hoje, em Santa Cruz de la Sierra, o Brasil enfrenta o México, em jogo que vale a liderança do Grupo C e a classificação para a próxima fase da Copa América.
Zagallo armou um plano para manter a motivação de todas as 22 estrelas da equipe, que já estão há 21 dias na seleção, sem direito a folga, desde a excursão à Europa.
Mas a "tática" -manter um time base e dar chance aos reservas, promovendo revezamento no banco e nas substituições- está sendo questionada.
Os reservas permanecem desmotivados, e os titulares se consideram insubstituíveis.
O último a desafiar Zagallo foi o atacante Romário, que reclamou, com um sonoro palavrão, de ter sido substituído contra a Costa Rica.
"Reclamei e xinguei porque estava triste, mas o palavrão não foi para o Zagallo", disse Romário.
Depois de conversar com o jogador, Zagallo foi incisivo. "Ninguém gosta de ser substituído, mas ninguém gosta de ficar no banco também. Preciso pensar no grupo. Deixar todos estimulados", disse.
Seguindo a estratégia do rodízio, desde o jogo na Noruega, apenas Carlos Germano e César Sampaio ainda não tiveram chance de atuar.
A explicação do técnico não acalmou Romário. "Quando for substituído e não achar justo, vou chiar", ameaçou.
Uma vitória contra o México deixa a seleção próxima da conquista do primeiro lugar do Grupo C da Copa América, considerado o mais forte do torneio por Zagallo.
O treinador definiu que Célio Silva, recuperado de contusão, volta ao time no lugar de Gonçalves.
Djalminha permanece no lugar de Denílson. "O Denílson deve entrar no segundo tempo, quando o México cansar", disse Zagallo.
Apesar de reclamar da falta de tempo para treinar, Zagallo promoveu ontem apenas um treino.

NA TV - Globo, Record e Bandeirantes, às 21h35, ao vivo



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