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São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2003

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VÔLEI

De volta pra casa

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Bye, bye, Europa. Depois de seis jogos no velho continente, a seleção brasileira retorna ao país com um saldo positivo: cinco vitórias e uma derrota. No fim de semana, o Brasil sofreu um pouco para vencer a Alemanha no primeiro jogo, mas ontem já se acertou e ganhou por 3 sets a 0.
Início de temporada é isso: o time perde um pouco a regularidade. Vale lembrar que a seleção jogou as duas últimas partidas sem dois titulares: Nalbert e Gustavo. Na Europa, Bernardinho também aproveitou para revezar bastante os jogadores. Contra a Alemanha, por exemplo, Maurício e André Nascimento começaram no time titular nos lugares de Ricardinho e Anderson.
A partir do próximo fim de semana, o Brasil entra na reta final da Liga com um clássico do vôlei mundial: vai enfrentar a Itália no sábado e no domingo, em Brasília. Os jogos entre as duas seleções vão decidir o primeiro lugar do grupo. Nos confrontos na Itália, cada seleção teve uma vitória.
A Itália tem como meta neste ano voltar ao topo do mundo do vôlei. O quinto lugar no Mundial da Argentina, em outubro de 2002, mexeu com o orgulho dos italianos, que acumulavam três títulos mundiais consecutivos, e o comando técnico foi mudado. Gian Paolo Montali assumiu o posto de Andrea Anastasi.
Em uma entrevista no site da Federação Internacional, Montali diz que a fórmula para a Itália voltar a ter bons resultados é a seguinte: "Temos que trabalhar e ter três importantes coisas: atitude, atitude e atitude". Montali é conhecido por ser um técnico de personalidade forte e é isso que ele quer do time.
O maior desafio do técnico é preparar uma equipe para tentar o que nem a seleção italiana, nos seus anos dourados, conseguiu: a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004.
Quem acompanha vôlei desde o início dos anos 90 sabe da frustração da "Azzurra" em Olimpíadas. Julio Velasco, o técnico que construiu o império italiano no vôlei e conquistou dois títulos mundiais, deixou o cargo em 1996 por não ter conseguido levar à seleção ao ouro olímpico.
Com Montali, a base do time não mudou muito em relação ao ano passado. Jogadores experientes como Giani e Papi estão na equipe. O levantador Meoni, afastado da seleção havia dois anos, está de volta, mas não jogou nas últimas rodadas da Liga Mundial por causa de uma contusão. O titular é Vermiglio.
Por enquanto, quem faz a melhor campanha na Liga é a Rússia, a única invicta da competição. Mas os gigantes russos também tiveram uma certa sorte: pegaram a chave mais fácil. Estão no mesmo grupo de Polônia, da inconstante Espanha e da Venezuela, que só conseguiu uma vitória em oito jogos.
As sensações são a República Tcheca e a Bulgária. Os búlgaros estão disputando com a Sérvia e Montenegro a liderança da chave C. Já os tchecos têm uma campanha melhor do que a França, bronze no último Mundial. São os líderes do Grupo D. Os franceses estão em terceiro lugar, atrás dos gregos.

Novos rumos
Depois de dois anos no Ferrara, os brasileiros Giba e Gustavo não vão mais jogar juntos no mesmo clube na Itália. O ponteiro Giba acertou com o Cuneo, time que será dirigido na próxima temporada por Andrea Anastasi, ex-técnico da seleção italiana. Já o central Gustavo vai atuar no Latina, sexto colocado no último Campeonato Italiano.

Retorno
Júlio Velasco, ex-técnico das seleções da Itália e da República Tcheca, está de volta ao comando de um clube. Ele foi contratado para dirigir o Piacenza. E o time promete fazer bonito já que terá como levantador Nikola Grbic, titular da seleção da Sérvia e Montenegro. A equipe também contará com um trio cubano: os atacantes Leonel Marshall, Ihosvany e Osvaldo Hernandez.
E-mail cidasan@uol.com.br



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