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VÔLEI
De volta pra casa
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Bye, bye, Europa. Depois de
seis jogos no velho continente, a seleção brasileira retorna ao
país com um saldo positivo: cinco
vitórias e uma derrota. No fim de
semana, o Brasil sofreu um pouco
para vencer a Alemanha no primeiro jogo, mas ontem já se acertou e ganhou por 3 sets a 0.
Início de temporada é isso: o time perde um pouco a regularidade. Vale lembrar que a seleção jogou as duas últimas partidas sem
dois titulares: Nalbert e Gustavo.
Na Europa, Bernardinho também aproveitou para revezar bastante os jogadores. Contra a Alemanha, por exemplo, Maurício e
André Nascimento começaram
no time titular nos lugares de Ricardinho e Anderson.
A partir do próximo fim de semana, o Brasil entra na reta final
da Liga com um clássico do vôlei
mundial: vai enfrentar a Itália no
sábado e no domingo, em Brasília. Os jogos entre as duas seleções
vão decidir o primeiro lugar do
grupo. Nos confrontos na Itália,
cada seleção teve uma vitória.
A Itália tem como meta neste
ano voltar ao topo do mundo do
vôlei. O quinto lugar no Mundial
da Argentina, em outubro de
2002, mexeu com o orgulho dos
italianos, que acumulavam três
títulos mundiais consecutivos, e o
comando técnico foi mudado.
Gian Paolo Montali assumiu o
posto de Andrea Anastasi.
Em uma entrevista no site da
Federação Internacional, Montali diz que a fórmula para a Itália
voltar a ter bons resultados é a seguinte: "Temos que trabalhar e
ter três importantes coisas: atitude, atitude e atitude". Montali é
conhecido por ser um técnico de
personalidade forte e é isso que
ele quer do time.
O maior desafio do técnico é
preparar uma equipe para tentar
o que nem a seleção italiana, nos
seus anos dourados, conseguiu: a
medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004.
Quem acompanha vôlei desde o
início dos anos 90 sabe da frustração da "Azzurra" em Olimpíadas.
Julio Velasco, o técnico que construiu o império italiano no vôlei e
conquistou dois títulos mundiais,
deixou o cargo em 1996 por não
ter conseguido levar à seleção ao
ouro olímpico.
Com Montali, a base do time
não mudou muito em relação ao
ano passado. Jogadores experientes como Giani e Papi estão na
equipe. O levantador Meoni,
afastado da seleção havia dois
anos, está de volta, mas não jogou
nas últimas rodadas da Liga
Mundial por causa de uma contusão. O titular é Vermiglio.
Por enquanto, quem faz a melhor campanha na Liga é a Rússia, a única invicta da competição. Mas os gigantes russos também tiveram uma certa sorte: pegaram a chave mais fácil. Estão
no mesmo grupo de Polônia, da
inconstante Espanha e da Venezuela, que só conseguiu uma vitória em oito jogos.
As sensações são a República
Tcheca e a Bulgária. Os búlgaros
estão disputando com a Sérvia e
Montenegro a liderança da chave
C. Já os tchecos têm uma campanha melhor do que a França,
bronze no último Mundial. São os
líderes do Grupo D. Os franceses
estão em terceiro lugar, atrás dos
gregos.
Novos rumos
Depois de dois anos no Ferrara, os brasileiros Giba e Gustavo não vão
mais jogar juntos no mesmo clube na Itália. O ponteiro Giba acertou
com o Cuneo, time que será dirigido na próxima temporada por Andrea Anastasi, ex-técnico da seleção italiana. Já o central Gustavo vai
atuar no Latina, sexto colocado no último Campeonato Italiano.
Retorno
Júlio Velasco, ex-técnico das seleções da Itália e da República Tcheca,
está de volta ao comando de um clube. Ele foi contratado para dirigir
o Piacenza. E o time promete fazer bonito já que terá como levantador Nikola Grbic, titular da seleção da Sérvia e Montenegro. A equipe
também contará com um trio cubano: os atacantes Leonel Marshall,
Ihosvany e Osvaldo Hernandez.
E-mail cidasan@uol.com.br
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