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Brasil amplia
seus prazos por conta própria
DO ENVIADO A JOHANNESBURGO
O governo federal já trabalha com um possível atraso na construção dos estádios para a Copa-2014.
A data oficial continua a
ser determinada pela Fifa
-o final de 2012-, mas há
um entendimento de que
não haverá problemas caso
as reformas das arenas se
estendam por mais tempo.
O exemplo é da África do
Sul. Uma parte dos estádios
só ficou pronta neste ano.
Em 2009, só foram necessários quatro estádios para
a Copa das Confederações.
O Ministério do Esporte,
nos bastidores, trabalha
com o mesmo raciocínio.
Já houve dois estouros de
prazos determinados pela
Fifa para o início das obras.
Apesar disso, o discurso
do ministério é que não há
atraso preocupante. E que
haverá um sistema para
monitorar as obras após a
Copa da África do Sul.
Entre as arenas, o governo considera que a situação
mais complicada é no Paraná, já que o Atlético-PR não
mandou o plano de viabilidade de como pagar pela reforma da Arena da Baixada.
O segundo caso é do Morumbi, que pode levar à troca da arena em São Paulo.
Os outros nove estádios
públicos já entraram com
pedidos de financiamento
no BNDES para suas obras.
Em relação à parte legal,
o governo pretende encaminhar dois projetos de lei ao
final da Copa que englobarão todas as medidas exigidas pela Fifa, com exceção
da parte tributária, já feita.
É nesse pacote que entrarão as regras para proteger
patrocinadores da Fifa.
Entre elas, está a zona de
exclusão em volta do estádio, que não permitirá marketing de concorrentes nem
comércio ambulante.
O governo brasileiro aceitará impor restrições tão duras quanto às da África do
Sul, que geraram protestos
de camelôs e até de ONGs.
A Fifa fez uma requisição
que não constava no caderno de encargos: criminalizar os cambistas. É outra repetição da África do Sul.
O ministério acreditva
que o projeto de lei já em
trâmite no Congresso, para
alterar o Estatuto do Torcedor, será suficiente para isso.
(RODRIGO MATTOS)
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