São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2010

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Brasil amplia seus prazos por conta própria

DO ENVIADO A JOHANNESBURGO

O governo federal já trabalha com um possível atraso na construção dos estádios para a Copa-2014.
A data oficial continua a ser determinada pela Fifa -o final de 2012-, mas há um entendimento de que não haverá problemas caso as reformas das arenas se estendam por mais tempo.
O exemplo é da África do Sul. Uma parte dos estádios só ficou pronta neste ano.
Em 2009, só foram necessários quatro estádios para a Copa das Confederações.
O Ministério do Esporte, nos bastidores, trabalha com o mesmo raciocínio.
Já houve dois estouros de prazos determinados pela Fifa para o início das obras.
Apesar disso, o discurso do ministério é que não há atraso preocupante. E que haverá um sistema para monitorar as obras após a Copa da África do Sul.
Entre as arenas, o governo considera que a situação mais complicada é no Paraná, já que o Atlético-PR não mandou o plano de viabilidade de como pagar pela reforma da Arena da Baixada.
O segundo caso é do Morumbi, que pode levar à troca da arena em São Paulo.
Os outros nove estádios públicos já entraram com pedidos de financiamento no BNDES para suas obras.
Em relação à parte legal, o governo pretende encaminhar dois projetos de lei ao final da Copa que englobarão todas as medidas exigidas pela Fifa, com exceção da parte tributária, já feita.
É nesse pacote que entrarão as regras para proteger patrocinadores da Fifa.
Entre elas, está a zona de exclusão em volta do estádio, que não permitirá marketing de concorrentes nem comércio ambulante.
O governo brasileiro aceitará impor restrições tão duras quanto às da África do Sul, que geraram protestos de camelôs e até de ONGs.
A Fifa fez uma requisição que não constava no caderno de encargos: criminalizar os cambistas. É outra repetição da África do Sul.
O ministério acreditva que o projeto de lei já em trâmite no Congresso, para alterar o Estatuto do Torcedor, será suficiente para isso.
(RODRIGO MATTOS)


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