São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2011

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JUCA KFOURI

O tri por um triz


Falta pouco para o Santos ganhar seu sonhado tri. Com todo respeito e seriedade


FORAM 12 CHANCES claras de gol no incandescente estádio Centenario de Montevidéu.
Meia dúzia para cada lado, seis no primeiro tempo, mais seis no segundo, também divididas igualmente entre Santos e Peñarol.
Com apenas um zagueiro titular, o estoico Durval, o alvinegro resistiu e ameaçou.
No primeiro tempo, curiosamente, suas três oportunidades estiveram nos pés de jogadores da defesa, duas com Alex Sandro, uma com Bruno Rodrigo, esta, na verdade, de cabeça, no cocuruto do travessão uruguaio.
Três bobeadas da defesa, que permitiu que atacantes do Peñarol entrassem na área pelas costas da zaga, assustaram os brasileiros, tudo nos primeiros 45 minutos.
No segundo tempo, se Borges fosse o Zé Eduardo, provavelmente teria aproveitado pelo menos uma das duas chances de ouro desperdiçadas pelo santista, uma delas salva por milagre do goleiro Sosa.
Neymar, vítima de um cartão amarelo injusto logo no começo do jogo e, segundo ele, ameaçado pelo árbitro Carlos Amarilla, que apitou muito bem, teve lampejos brilhantes e bateu fraco uma bola que costuma não perder.
Mas é justo dizer também que depois da entrada do veterano Pacheco o Peñarol deu a sensação de que faria pelo menos um gol, o que complicaria muito a vida santista no Pacaembu, na quarta-feira que vem, dia 22, dois patos na lagoa, quem sabe a noite de Ganso.
Se ainda não der para ele, que fez tanta falta na armação dos contra-ataques que rarearam no Uruguai, ao menos as presenças de Jonathan, Edu Dracena e Léo, devem dar a segurança da experi- ência que faltou em certos momentos ontem. O ti- me uruguaio tem a média de idade de 26,8 anos contra 23,8 do time santista escalado para o pri- meiro jogo.
O Santos tem tudo para levar o título, desde que jogue com o mesmo respeito e seriedade demonstrados no ótimo 0 a 0 do Centenario, lembrando sempre que o pentacampeonato da Libertadores do Peñarol foi conquistado sempre na casa do rival e que o Pacaembu já viu o Palmeiras, contra o mesmo Peñarol, em 1961, e o São Caetano, contra o Olimpia paraguaio, em 2002, perderem decisões continentais que pareciam garantidas.
Lembranças que devem servir apenas como alerta, jamais para assustar.
O Santos está com tudo.

blogdojuca@uol.com.br


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