|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
F-1
Equipe inglesa faz melhores tempos, com Hakkinen na pole, e, se vencer hoje, complica situação da rival no campeonato
McLaren larga para abrir crise na Ferrari
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A ZELTWEG
A McLaren larga hoje na primeira fila do GP da Áustria, décima etapa do Mundial de F-1,
ameaçando detonar uma crise na
sua maior rival das últimas temporadas, a italiana Ferrari.
Ontem, de forma indiscutível, a
equipe inglesa mandou no treino
oficial em Zeltweg. A superioridade foi tanta ao longo da sessão que
a única dúvida era saber qual de
seus pilotos ocuparia a pole.
O privilégio coube a Mika Hakkinen, que cravou 1min10s410
quando ainda faltavam 21 minutos para o fim da tomada de tempos. David Coulthard ficou a
0s385 do companheiro, repetindo
a primeira fila do ano passado.
Em terceiro, sai Rubens Barrichello, que ficou a apenas 0s049
do escocês. Seu companheiro de
Ferrari, Michael Schumacher, admitiu que teve problemas para
acertar o carro e foi só o quarto.
A corrida começa às 9h (horário
de Brasília), com TV.
Uma eventual nova vitória da
McLaren, hoje, complicaria a situação da equipe italiana no campeonato. E, muito provavelmente,
detonaria uma crise no time.
"Faz tempo que não temos um
carro na primeira fila", disse Jean
Todt, em tom de crítica. "Sabia
que ia ser um treino difícil, mas
achava que iríamos resolver nossos problemas. Errei."
No começo do ano, a Ferrari
aparecia como uma equipe invencível. Schumacher venceu as três
primeiras provas do campeonato
-Austrália, Brasil e San Marino-, causando euforia na Itália.
Já a McLaren, com problemas de
motor, sofria para terminar os
GPs. Como reflexo dessas falhas,
Hakkinen e Coulthard só foram
pontuar em San Marino.
A história começou a mudar na
quarta etapa, o GP da Inglaterra,
com a vitória do escocês. De lá para cá, em seis provas, a McLaren
venceu quatro, e a Ferrari, duas.
A preocupação dos italianos,
porém, só se instaurou de vez
após o GP da França, há duas semanas, que Schumacher abandonou com o motor estourado.
Nos últimos dias, os jornais da
Itália se dedicaram a investigar os
problemas e apontar culpados.
Atualmente, os holofotes estão
voltados para Paolo Martinelli,
engenheiro que projetou o 049, o
motor ferrarista, mais compacto
que o propulsor do ano passado e
alvo de desconfianças na Europa.
Caso a McLaren volte a vencer
em Zeltweg, outros "culpados"
devem começar a surgir. Atualmente, Coulthard está 12 pontos
atrás de Schumacher. Uma vitória
do escocês hoje, combinada a um
abandono do rival, diminuiria a
diferença para dois pontos.
Contrastando com o clima
sombrio na Ferrari, o ambiente na
McLaren ontem à tarde era de
tranquilidade e otimismo.
"Foi um resultado brilhante",
definiu o alemão Norbert Haug,
diretor da Mercedes-Benz.
Cauteloso, Hakkinen evitou comemorar. Como em 1999, ele larga em Zeltweg na pole, ao lado de
Coulthard. Naquela ocasião, porém, os dois bateram logo na primeira curva, dando a chance para
o ferrarista Eddie Irvine vencer.
NA TV - Globo, ao vivo, às 9h
Texto Anterior: Vôlei: Brasil faz 3 a 2 na Rússia e agora disputa o bronze na Liga Mundial Próximo Texto: Zonta tenta bom resultado para seguir na BAR Índice
|