São Paulo, domingo, 16 de julho de 2000


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F-1
Equipe inglesa faz melhores tempos, com Hakkinen na pole, e, se vencer hoje, complica situação da rival no campeonato
McLaren larga para abrir crise na Ferrari

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A ZELTWEG

A McLaren larga hoje na primeira fila do GP da Áustria, décima etapa do Mundial de F-1, ameaçando detonar uma crise na sua maior rival das últimas temporadas, a italiana Ferrari.
Ontem, de forma indiscutível, a equipe inglesa mandou no treino oficial em Zeltweg. A superioridade foi tanta ao longo da sessão que a única dúvida era saber qual de seus pilotos ocuparia a pole.
O privilégio coube a Mika Hakkinen, que cravou 1min10s410 quando ainda faltavam 21 minutos para o fim da tomada de tempos. David Coulthard ficou a 0s385 do companheiro, repetindo a primeira fila do ano passado.
Em terceiro, sai Rubens Barrichello, que ficou a apenas 0s049 do escocês. Seu companheiro de Ferrari, Michael Schumacher, admitiu que teve problemas para acertar o carro e foi só o quarto.
A corrida começa às 9h (horário de Brasília), com TV.
Uma eventual nova vitória da McLaren, hoje, complicaria a situação da equipe italiana no campeonato. E, muito provavelmente, detonaria uma crise no time.
"Faz tempo que não temos um carro na primeira fila", disse Jean Todt, em tom de crítica. "Sabia que ia ser um treino difícil, mas achava que iríamos resolver nossos problemas. Errei."
No começo do ano, a Ferrari aparecia como uma equipe invencível. Schumacher venceu as três primeiras provas do campeonato -Austrália, Brasil e San Marino-, causando euforia na Itália. Já a McLaren, com problemas de motor, sofria para terminar os GPs. Como reflexo dessas falhas, Hakkinen e Coulthard só foram pontuar em San Marino.
A história começou a mudar na quarta etapa, o GP da Inglaterra, com a vitória do escocês. De lá para cá, em seis provas, a McLaren venceu quatro, e a Ferrari, duas.
A preocupação dos italianos, porém, só se instaurou de vez após o GP da França, há duas semanas, que Schumacher abandonou com o motor estourado.
Nos últimos dias, os jornais da Itália se dedicaram a investigar os problemas e apontar culpados.
Atualmente, os holofotes estão voltados para Paolo Martinelli, engenheiro que projetou o 049, o motor ferrarista, mais compacto que o propulsor do ano passado e alvo de desconfianças na Europa.
Caso a McLaren volte a vencer em Zeltweg, outros "culpados" devem começar a surgir. Atualmente, Coulthard está 12 pontos atrás de Schumacher. Uma vitória do escocês hoje, combinada a um abandono do rival, diminuiria a diferença para dois pontos.
Contrastando com o clima sombrio na Ferrari, o ambiente na McLaren ontem à tarde era de tranquilidade e otimismo.
"Foi um resultado brilhante", definiu o alemão Norbert Haug, diretor da Mercedes-Benz.
Cauteloso, Hakkinen evitou comemorar. Como em 1999, ele larga em Zeltweg na pole, ao lado de Coulthard. Naquela ocasião, porém, os dois bateram logo na primeira curva, dando a chance para o ferrarista Eddie Irvine vencer.

NA TV - Globo, ao vivo, às 9h

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