DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 19 anos ele virou titular. Era o novo prodígio do vôlei, o novo Marcelo Negrão.
O baque, no entanto, veio logo. Foi de Dante o último ataque da derrota para a Argentina em Sydney-2000. A bola bloqueada selou o sexto lugar que marcou aquele time e fez o atacante voltar a ser coadjuvante, posição que deixa agora.
É dele a missão de substituir Nalbert na Liga Mundial. E, depois de um início instável, roubou a cena na seleção.
"O Dante tem esse jeito meio preguiçoso, meio paradão, mas está evoluindo muito. E tem muito mais para crescer", afirmou o técnico Bernardinho.
Dante tem o melhor bloqueio entre os brasileiros e o terceiro melhor ataque. Sua maior arma, no entanto, é a recepção. Ele é o mais eficiente da Liga e supera até o líbero Escadinha.
A reviravolta na carreira fez o ponta de 23 anos até começar a abandonar a "preguiça".
"Eu sou calmo. O mundo está caindo e parece que eu não estou nem aí... Mas estou aprendendo a vibrar mais, expor os sentimentos. O jeito agitado do Bernardinho me ajudou."
Dante só quer continuar a cultivar a calma que o fez ficar na quadra após a derrota em 2000. Quando tirou as mãos do rosto, apenas ele, Giovane e Marcelinho estavam lá para explicar o fiasco. "Era o mínimo que eu podia fazer, ser homem. Assim como estou pronto para explicar nossas vitórias". (ML)


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