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Seleção de punhobol vai atrás de título que lhe falta
DA REPORTAGEM LOCAL
Poucas equipes no Brasil podem se vangloriar por ter dois
títulos mundiais acumulados.
A seleção masculina de punhobol -espécie de vôlei praticado
com punhos- é uma delas.
Nos Jogos Mundiais, contudo, o time não conseguiu ainda
o ouro. Em seis participações,
conquistou três pratas (1989,
2001 e 2005) e três bronzes
(1985, 1993 e 1997). Mesmo assim, os brasileiros embarcaram
para Taiwan como um dos favoritos, ao lado da Áustria.
"Nas últimas duas finais [do
Mundial e dos Jogos Mundiais
de 2005], perdemos o jogo no
último set", diz Gastão Englert,
técnico da seleção, que aposta
na conquista da medalha de ouro inédita em Kaohsiung.
"Tínhamos problemas com
suplentes, mas hoje já temos
um grupo mais homogêneo. A
safra que entrou é boa. Estamos mais bem preparados."
Mesmo sem contar com patrocínio de estatal ou verba da
Lei Piva -destinada exclusivamente a esportes olímpicos-, a
modalidade, disseminada no
Sul do país, alcançou um alto
nível de competitividade.
Segundo Englert, a seleção
brasileira revolucionou a prática do esporte no mundo. Ele
mesmo foi convidado para
prestar consultoria à seleção
espanhola. Três vezes por ano,
Englert viaja ao país ibérico para desenvolver o punhobol lá.
"Nós mudamos completamente o sistema tático do punhobol. Os europeus, então,
passaram a nos copiar", conta.
No último Mundial, entre os
seis melhores da competição,
quatro eram brasileiros, incluindo o técnico.
A exemplo de outros esportes coletivos mais famosos, o
punhobol do Brasil também exporta talentos. Atualmente, a
seleção nacional conta com três
atletas que disputam o campeonato da Áustria, o mais forte do mundo. Jean Andrioli, joga pelo Freistadt, enquanto
João Schmidt e João Victor Fidelis, pelo Grieskirchen.
Mesmo morando na Áustria,
nenhum dos três consegue viver exclusivamente do punhobol. Entre os que residem no
Brasil, a situação é semelhante.
No entanto, a maioria é beneficiada por verba da bolsa-atleta, que acabou contribuindo
para o pagamento das passagens para os Jogos Mundiais.
O técnico, inclusive, teve
suas despesas custeadas pelos
seus próprios atletas.
Assim como o punhobol, o jiu
jitsu brasileiro também é reconhecido pela sua excelência.
Entretanto, não terá representantes nos Jogos Mundiais.
Moisés Muradi, presidente
da Confederação Brasileira de
Jiu Jitsu Esportivo, lamenta o
fato e culpa o Ministério do Esporte pela falta de informação.
"Vou procurar saber a razão
disso [de não ter sido informado pelo ministério sobre os Jogos]. Seria importante mandar
um representante, já que somos campeões mundiais em todas as categorias da faixa preta", disse o dirigente.
(GA e MB)
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