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TÊNIS
Adaptado às lentes de contato, brasileiro triunfa em partidas noturnas
"Escuridão" deixa de ser problema para Guga
DA REPORTAGEM LOCAL
A fama de líder do ranking
mundial poderia ter um "efeito
colateral danoso" para o brasileiro Gustavo Kuerten, mas sua
adaptação às lentes de contato resolveram o problema.
Principal estrela da modalidade
hoje, o tenista faria ontem, depois
do fechamento desta edição, contra o israelense Noam Okun, seu
11º jogo noturno (integral ou parte deles) na temporada, uma das
maiores marcas do circuito.
Isso porque Guga hoje é garantia de sucesso de público -nos
torneios da ATP, os jogos noturnos acontecem de forma isolada,
com ingressos cobrados a parte
do resto da programação.
Na semana passada, por exemplo, no Masters Series de Cincinnati, o brasileiro protagonizou, na
sessão noturna, metade de seus
seis jogos que lhe deram o título
da competição.
Ele também atuou na programação noturna das últimas edições do Aberto da Austrália e do
Masters Series de Miami.
Até 1999, jogar à noite incomodava muito Kuerten, que é míope.
O tenista não gostava de usar
lentes de contato e muitas vezes
era prejudicado por isso.
Agora, finalmente adaptado ao
acessório, tem ótimo aproveitamento também em partidas noturnas. Nas dez vezes que jogou
com iluminação artificial na temporada, venceu oito.
"Não tenho mais problemas para jogar à noite. Estou usando lentes de contato há algum tempo. Se
o jogo fosse há dois anos, talvez tivesse me atrapalhado", afirmou
Kuerten na semana passada, após
vencer, com muita facilidade, o
croata Goran Ivanisevic.
O campeão da última edição de
Wimbledon, aliás, é um dos tenistas que não gosta de jogar sem a
luz do sol.
"Eu não gosto de jogar à noite.
Durante o dia eu enxergo melhor.
Infelizmente você não pode se negar a jogar à noite", disse o croata,
após perder para Guga.
A adaptação de Kuerten aos
compromissos sem luz natural
começou de forma mais efetiva
no final do ano passado, quando
conquistou o Masters de Lisboa,
até hoje seu único título em quadras cobertas.
Na oportunidade, alguns dos tenistas que disputaram a competição chegaram a reclamar da iluminação do Pavilhão Atlântico,
que abrigou os jogos do torneio
na capital portuguesa.
Agora, os bons resultados do
brasileiro nessas condições podem ser decisivos no Aberto dos
EUA, sua prioridade no segundo
semestre e que marca boa parte
de seus duelos mais importantes
para as sessões noturnas.
Na edição 2001, inclusive, a organização do Grand Slam americano marcou a final feminina para o sábado à noite, quebrando
uma tradição de sempre realizar
as decisões no período da tarde.
(PAULO COBOS)
NA TV - Torneio de
Indianápolis, ao vivo, a partir
das 13h30, na PSN
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