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PAN E CIRCO
O almirante do Pan
JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA
A batalha do Pan está
em fase de encerramento. Os exércitos se retiram, os combatentes voltam exaustos para casa e é
hora de escolher quem será
condecorado como nosso
maior herói.
Quando os Jogos começaram, tinha certeza de que
este seria o general Bernardinho, mas seu pelotão acabou sucumbindo diante do
inimigo mais fraco.
Robert Scheidt mais uma
vez provou ser um estrategista invencível, e Hugo Hoyama não nos decepcionou.
Houve Rogério Romero, o
nadador que venceu o tempo, e Hudson de Souza, nosso primeiro ouro. Apesar
deles, para mim o herói do
Pan foi Gustavo Borges.
Gustavo, nosso recordista
em ouros, não se destaca
apenas pelo trio de medalhas desta edição dos jogos
(uma de cada cor), mas por
ter alcançado o número de
18 condecorações em Jogos
Pan-Americanos. Dezoito!
Não é qualquer um que
deixa o campo de batalha,
digo, a água de batalha
com êxitos. Sozinho, nosso
almirante já obteve mais
medalhas que vários países.
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