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São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2003
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Nadador brasileiro conquista seu sétimo ouro em Pans e já fala em repetir façanha em Atenas-2004 e Rio-2007 Scherer se vinga de Hall e é tri nos 50 m
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO Um campeão olímpico estava na piscina para tentar barrá-lo. Um campeão mundial também. Mas Fernando Scherer venceu os 50 m livre e manteve a condição de atleta mais eficiente da história da natação brasileira em Pans. O catarinense obteve o tricampeonato na prova mais rápida da modalidade. Cravou 22s40 e arrebatou seu sétimo ouro nos Jogos. A marca é significativa. Scherer, 28, disputou nove provas até hoje em três edições do evento. Só não chegou ao lugar mais alto do pódio em duas -os 100 m livre em Mar del Plata-1995, quando terminou com o bronze, e o revezamento 4x100 m livre na mesma edição, em que levou a prata. Ontem, deixou para trás o argentino Jose Meolans, campeão mundial da prova em piscina curta (25 m), que marcou 22s42. Em terceiro lugar chegou o atual campeão olímpico, o norte-americano Gary Hall Jr., com 22s43. "Essa prova só me deu alegrias. Em 1995, ganhei do recordista mundial [Thomas Jager, dos EUA]. Em 1999, eu estava no auge e nadei muito bem. E agora bati o campeão olímpico. Quer mais que isso?", disse o brasileiro. A rixa com Hall, aliás, é antiga. Na Olimpíada de Atlanta-1996, Scherer ficou com o bronze nos 50 m livre. Perdeu o segundo posto para o norte-americano por minguados seis centésimos. "Desta vez eu me vinguei. O Hall é que perdeu por pouco", afirmou o brasileiro, que já havia triunfado no revezamento 4 x 100 m livre com a equipe do Brasil. Com o título, o nadador passou a integrar o seleto grupo dos tricampeões pan-americanos. Igualou a façanha de Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo (1951, 1955 e 1959), de Eronilde Araújo nos 400 m com barreiras (1991, 1995 e 1999) e de Robert Scheidt na classe laser (1995, 1999 e 2003). "Agora é treinar para a Olimpíada. Quero nadar muito bem lá. Depois, vou pensar no oitavo ouro, que vou conseguir lá no Pan do Rio", disse Scherer, que pretende nadar até Pequim-2008. A euforia com as duas medalhas em duas provas escondem uma mágoa que Scherer guardou em relação aos Jogos na República Dominicana. Quatro meses antes do evento, a organização excluiu algumas provas do calendário, como os 50 m borboleta, outra especialidade do nadador. A natação brasileira chegou ao pódio outras duas vezes ontem. Kaio Márcio foi prata nos 200 m borboleta. Pedro Monteiro, outro brasileiro, levou o bronze no mesmo evento. No total, a modalidade já assegurou 18 medalhas ao país. (EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO) Texto Anterior: Argentina estraga festa no masculino Próximo Texto: Como gosta, "Sr. Revezamento" deixa os Pans Índice |
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