Na segunda divisão, time mostra "pegada" menor do que apresentada durante o Brasileiro de 2007

Com time perto de título simbólico do primeiro turno, Mano Menezes já fala em "administrar" desempenho na segunda parte do torneio

EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O mito propalado pelo Corinthians de que a Série B seria um campeonato de muita "pegada", disputado em gramados ruins e com jogos repletos de dramaticidade caiu por terra.
Hoje, ao final do primeiro turno do torneio, o time do Parque São Jorge, se vencer o América-RN no Pacaembu, às 16h10, ficará com o título simbólico da metade inicial do campeonato sem ter passado por nenhum grande trauma. Sem nada que pudesse abalar a confiança do time, que desponta desde o início como grande favorito a ficar com uma das quatro vagas à elite.
Após 18 partidas, o Corinthians tem uma campanha com 10 vitórias, 6 empates e 2 derrotas, com aproveitamento de 66,7% dos pontos.
Além disso, a versão Série B do time do Parque São Jorge tem menos o tal "perfil" de segunda divisão do que aquele que caiu no ano passado.
Se "a tônica da competição é a pegada", como gosta de declarar Mano Menezes, o Corinthians ainda não precisou aprender a disputá-la.
Segundo o Datafolha, o Corinthians é uma equipe que desarma menos neste ano do que em 2007. Na Série B, a equipe tem média de 126,4 por jogo. Na elite, os corintianos desarmavam, em média, 136,7 vezes.
Outra característica que não bate com a Série B da teoria é a cadência com que o Corinthians tem atuado. O time de Mano Menezes costuma trocar 262 passes por confronto -em 2007, a equipe registrava 254 passes por confronto. O índice de acerto no fundamento também cresceu. Pulou de 77,6% para 79,8%, desmentindo a crença corintiana antes do início da Série B de que a maioria dos jogos seriam disputados em gramados ruins, que dificultariam as trocas de bola.
Apesar disso, Mano Menezes ainda prefere olhar para a competição com cautela. Sobretudo pela diminuição da vantagem na classificação. "Uma equipe que deseja ser campeã precisa conviver com essa situação [de ser ameaçada na tabela]. É preciso ter equilíbrio", falou Mano.
O técnico, no entanto, já não vê necessidade de imprimir um ritmo alucinante na busca por pontos. "Ao mesmo tempo em que tem uma proximidade maior [no topo da classificação], você tem menos concorrentes. Com isso, é possível direcionar bem a campanha no segundo turno, definir questões relacionadas à administração dos jogos", disse Mano.

NA TV - Corinthians x América-RN
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