São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

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VÔLEI DE PRAIA

Ana Paula e Larissa têm o maior teste de seus 7 dias

Dupla unida às pressas enfrenta hoje as atuais campeãs olímpicas

BRASIL
Confronto com Walsh e May, dos EUA, vale semifinal. Horário: 23h

Caco Guatelli/Folha Imagem
Ana Paula e Larissa vibram na vitória sobre as alemãs

DO ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM

As duas duplas femininas brasileiras do vôlei de praia avançaram ontem às quartas-de-final dos Jogos Olímpicos.
E uma delas, formada às pressas, tem hoje, às 23h, novo desafio, dificílimo. Larissa e Ana Paula enfrentam as norte-americanas Kerri Walsh e Misty May, favoritas a conservar seu título olímpico.
Há dez dias, Ana Paula estava de férias, com passagem marcada para passar uma semana em Los Angeles, quando foi convocada para substituir Juliana, parceira de Larissa e que não conseguiu se recuperar de contusão no joelho.
Para criar entrosamento na areia, Larissa e Ana Paula, que ontem derrotaram as alemãs Pohl e Rau por 21/18 e 21/14, têm procurado um ambiente positivo fora de quadra.
""A gente está tentando se conhecer para não faltar [conjunto] dentro do jogo, que é o principal. Hoje [ontem], tive uma inspiração. Antes de estudar o vídeo [do jogo anterior], mostrei fotos de minha família, de minha mãe, pai, sobrinhos. E ela [Ana Paula] viu tudo, mostrou fotografias da casa dela", afirmou Larissa.
""Estou descobrindo na Larissa uma pessoa totalmente aberta para me receber. A gente quer trazer [isso] para a areia, para não precisar mais ficar pisando em ovos, preocupando-se em como se comunicar, como já andou acontecendo", afirmou Ana Paula.
""Hoje [ontem] ela até me deu bronca, disse: "Pára de sacar viagem [com força], usa seu saque flutuante, com o qual fez muitos pontos no treino". Essa liberdade é fruto dos papos que tivemos."
Na primeira fase, Larissa e Ana Paula tiveram dificuldades: venceram duas partidas por 2 sets a 1, a primeira no último sábado, na primeira atuação da dupla em jogo oficial, e perderam uma por 2 sets a 0. ""Teria sido estranho se a gente tivesse chegado ganhando de 2 a 0 de todo mundo. Crescemos na dificuldade e na derrota, por isso foi bom o jogo passado", disse Larissa.
Talita e Renata, a outra parceria do Brasil em Pequim, que venceram as norueguesas Maaseide e Glesnes por 12/21, 21/19 e 15/13, reconhecem que perderam a concentração em alguns momentos do jogo.
A dupla enfrenta as australianas Lance Barnett e Natalie Cook, às 10h de amanhã.
""O que se viu no primeiro set não condiz com os nossos treinos, com a nossa campanha. Tem hora que o bloqueio é maior do que é, a quadra é menor do que é", afirmou Talita. ""Foi mais um problema de cabeça. Não é problema passar por isso, desde que a gente saiba sair.
(EDUARDO OHATA)



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