São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

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análise

Extensão da crise parece não ter fim

LUÍS CURRO
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE

A derrocada da seleção feminina na China escancara cada vez mais a crise que tem assolado o basquete nacional. Com cada vez mais intensidade.
A equipe masculina amarga resultados pífios nas competições que realmente importam (Olimpíadas e Mundiais) há anos, desde que Gerasime Bozikis, o Grego, assumiu a confederação brasileira -em 1997. Aliás, nos Jogos Olímpicos, nem dá para dizer isso, pois a última participação foi em Atlanta-96, quando Oscar ainda defendia as cores do país.
As mulheres, por seu lado, vêm mostrando que, sem uma fora de série, os tempos de glória dificilmente voltarão logo.
Primeiro, saíram Paula e Hortência, líderes do time no ouro do Mundial-1994 e na prata dos Jogos de Atlanta. Nas duas competições, o treinador era Miguel Angelo da Luz.
Com a liderança de Janeth, tetracampeã na WNBA e também integrante dos grupos de 1994 e 1996, o Brasil ainda se manteve forte para Sydney-2000 (bronze), mas, em Atenas-2004, não conseguiu voltar ao pódio.
A prata no Pan-07, no Rio, marcou a despedida de Antonio Carlos Barbosa, que sucedeu Miguel Angelo, e de Janeth. Entrou Paulo Bassul, antigo auxiliar de Barbosa e dono de bons resultados com clubes brasileiros.
No Pré-Olímpico das Américas, o Brasil falhou. Na seletiva mundial, briga e drama. Bassul e Iziane, estrela do time, desentenderam-se, e a ala foi cortada. A classificação veio suada, no jogo final, com o quinto lugar, o último que dava passaporte olímpico.
A eliminação precoce em Pequim está aí, e Bassul pede tempo. Parece justo, Barbosa ficou dez anos. Mas viver apenas de Micaelas, Êgas e Adrianinhas será de morte.


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