São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 2002

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PAINEL FC

Copa e cozinha
A cozinheira titular da seleção na Copa-2002, Jane de Oliveira, ganhou apenas 25% do que seus colegas roupeiros e massagistas receberam pela campanha do penta. De acordo com recibos emitidos pelos funcionários da CBF, ela angariou R$ 31,5 mil, contra R$ 126 mil dos companheiros. O bicho da final ainda não foi depositado.

Arena
Antes da Copa, a CBF anunciara que todos os integrantes da delegação teriam o mesmo prêmio. Mas a diferença aparece se levados em conta os pagamentos por direito de arena. Roupeiros e massagistas ganharam mais R$ 104.683,19 pela participação nos contratos da CBF com Globo, AmBev e Telemar.

Pela beirada
A CBF alega que a cozinheira recebeu menos por não ser membro da comissão técnica. Segundo a entidade, ela fez parte da equipe de apoio da seleção.

Últimos detalhes
A Sul-Americana referenda hoje a disputa das eliminatórias a partir de 2003, em sistema todos contra todos. A diferença em relação ao último qualificatório deve ficar por conta da periodicidade das partidas. A idéia é jogar três rodadas em intervalo de duas semanas para desobrigar os clubes europeus a cederem seus atletas mensalmente.

Vale tudo
Um candidato a deputado estadual por São Paulo tem distribuído aos corintianos adesivo com os seguintes dizeres: "Vote certo para melhores contratações. Sou seu conselheiro Bill". Resta saber se, caso eleito, o candidato convencerá seus colegas a destinar dinheiro público para reforçar o Corinthians.

Uso da máquina
Zezé Perrella usou a revista do Cruzeiro, clube do qual é presidente, para falar sobre sua campanha ao Senado. Em entrevista de quatro páginas, o pefelista, que está em terceiro nas pesquisas, aborda agricultura, transporte e esporte. Sobre a má campanha do Cruzeiro no Brasileiro, nem foi questionado.

Aposta no caos
Alguns dirigentes que são contra a mudança no calendário da CBF começam a ver uma luz no fim do túnel. Apostam que, se um time grande como o Palmeiras estiver entre os rebaixados, tudo muda em 2003.

Agora cai
Em conversas reservadas, o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, diz que desta vez não tem jeito: acha que um grande estará entre os rebaixados.

Dúvida cruel
Os clubes do Rio, que estão em péssima fase e não têm representantes entre os oito primeiros, começam a duvidar do calendário divulgado por Ricardo Teixeira. Depois de Mauro Ney Palmeiro (Botafogo) e de David Fischel (Fluminense), agora é a vez de o flamenguista Gilberto Cardoso não descartar novas alterações no futebol brasileiro.

Com medo
Mustafá Contursi está preocupado com sua integridade física. Anteontem, após a derrota para o Bahia, o presidente do Palmeiras voltou a ser xingado. O dirigente teme que as ameaças que vêm sofrendo virem realidade.

Premonição
Antes de ir para MG, Wanderley Luxemburgo avisou à cúpula palmeirense que, com o atual estágio físico do time, o clube teria dificuldades para sair das últimas colocações. Tinha razão.

Mera coincidência
O bom dia para a família Kuerten começou antes mesmo da decisão na Costa do Sauípe. Em sorteio promovido por uma das patrocinadoras do torneio, a mãe de Guga, Alice Kuerten, ganhou uma passagem aérea para destino sul-americano.

Lixo ou relíquia
A tietagem sobre Guga na Bahia foi tão grande que até "restos" do tenista eram disputados pelos fãs. A estudante Mara Augusto, 14, exibia orgulhosa uma garrafa de água deixada pela metade pelo jogador.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Oliveira Jr., diretor do Ituano, sobre o calendário da CBF:
-Reservaram dois meses para os Estaduais. A Consolidação das Leis Trabalhistas exige contrato mínimo de 90 dias com os atletas. Será que o Teixeira vai pagar pelo mês que teremos que honrar de salários sem jogar?

CONTRA-ATAQUE

Só poderia ser na Lusa

O estádio do Canindé tem histórias famosas.
Uma delas, que já virou lenda, diz que a diretoria da Lusa resolveu fazer uma reforma nele depois de adquiri-lo do São Paulo.
Feita a reforma, surgiu um problema. E de difícil solução.
Os responsáveis pela reforma -do gramado e das arquibancadas- teriam esquecido o trator dentro do campo. E não teriam como tirá-lo de lá.
Decidiram, então, quebrar um setor da arquibancada para retirar o trator. Retirado o equipamento, mais gastos para arrumar a arquibancada.
Até hoje a diretoria da Lusa, quando escuta a história contada pelos rivais, diz que nunca ocorreu e que se trata de mais uma piada de português.
Piada ou não, os dirigentes não têm o que dizer sobre o estacionamento do clube, que já virou motivo de chacota dos adversários da Lusa.
Quem vai ao Canindé assistir a um jogo de futebol depara-se com uma placa. E nela está escrito o seguinte:
- O preço para sócios é de R$ 10. Para não-sócios, também.


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