DA REPORTAGEM LOCAL

A levantadora Marcelle conseguiu, nesse Mundial, sair da sombra da dupla Fernanda Venturini-Fofão, que comandou o jogo do Brasil por quase 14 anos.
A jogadora de 25 anos e 1,81 m terminou o campeonato como a mais eficiente em sua posição.
Marcelle foi o principal destaque brasileiro nas estatísticas individuais do Mundial da Alemanha, com média de 14,21 levantamentos precisos por set.
Com a saída da levantadora Fofão da seleção em junho, junto com outras quatro titulares, Marcelle assumiu o "cérebro" do time.
Sua melhor chance na carreira se transformou em uma das maiores preocupações do técnico Marco Aurélio Motta, que temia a falta de entrosamento da levantadora com as outras jogadoras.
Além disso, Marcelle acabara de voltar a jogar após ficar quase seis meses parada por causa de uma cirurgia no joelho.
Em seu primeiro teste, no entanto, Marcelle terminou o Grand Prix na liderança das estatísticas.
"Há um ano eu estava aprendendo a andar de novo. Esse prêmio é uma vitória para mim. Tenho que agradecer muito a Deus", disse chorando após receber a premiação de US$ 100 mil.
Além de Marcelle, a seleção nacional conseguiu colocar duas atletas entre as cinco melhores da competição apenas em fundamentos que não pontuam.
A líbero Fabi teve a segunda melhor defesa (média de 3,54 por set) e a segunda recepção mais eficiente (60,09% de aproveitamento). Outro destaque no passe brasileiro foi a ponta Sassá, com o quinto melhor desempenho nas estatísticas -51,76%.
O técnico Marco Aurélio Motta, que após a conquista do sétimo lugar, anteontem, disse que suas jogadoras haviam "dado o seu melhor" na competição, elogiou o desempenho do time.
"Confio muito nessa equipe e tenho a certeza que estará entre as quatro melhores do mundo daqui a pouco tempo", disse o técnico.
A seleção não tem mais competições previstas para este ano, segundo o calendário da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
A equipe chega ao país amanhã pela manhã, no Rio. Em seguida, as jogadoras seguem para seus respectivos Estados. (ML)


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