São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 2002

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IRL

Norte-americano chega na frente no GP do Texas e torna-se o 1º bicampeão da história da categoria

Hornish Jr. vence Castro Neves e é campeão

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A FORT WORTH

O norte-americano Sam Hornish Jr. venceu ontem o GP do Texas e transformou-se no primeiro bicampeão da história da IRL.
Em uma corrida que foi definida somente na última volta, Hélio Castro Neves, que tentava seu primeiro título na categoria, chegou em segundo lugar, apenas 0s009 atrás do piloto da Panther, e ficou com o vice-campeonato.
"Claro que fiquei decepcionado, mas ser segundo não é o fim do mundo", afirmou Castro Neves.
Vítor Meira, que largou na pole, completou o pódio da corrida.
Com 12 pontos de vantagem sobre Castro Neves na classificação, Hornish, 23, entrou tranquilo na pista ontem -mesmo que Castro Neves vencesse a prova e ainda liderasse o maior número de voltas (o que de fato aconteceu), ele ficaria com o título por ter maior número de vitórias.
"Pelo menos fizemos alguma coisa melhor do que eles ontem [hoje"", afirmou o piloto, ao ouvir de seu pai que havia ficado por 92 voltas na liderança.
Castro Neves adotou uma estratégia de pit stops diferente da do rival, devido à superioridade do carro de Hornish.
Como estava mais lento, demorou mais a parar para reabastecer, pois assim podia ficar mais tempo na pista com os pneus aquecidos e menos combustível no carro. A estratégia deu certo até a metade final da prova.
Em sua segunda parada, Castro Neves ainda contou com a sorte. Uma bandeira amarela foi dada antes que ele entrasse nos boxes -Hornish acabara de parar.
Mas nas últimas voltas o que se viu foi um duelo roda a roda pela vitória -e pelo campeonato.
Os dois se revezaram na primeira colocação até o última giro, quando Hornish conseguiu abrir uma vantagem mínima, suficiente para lhe garantir o triunfo.
"Esta é a melhor maneira de vencer um campeonato: com uma vitória", afirmou Hornish, que obteve ontem o oitavo triunfo na carreira (o quinto no ano) e um prêmio de US$ 1 milhão.
"Fiz o que pude. A única coisa que eu poderia fazer para andar mais era sair do carro e empurrar", disse Castro Neves. "Queria que meu carro tivesse a frente mais comprida", brincou.
Os outros brasileiros na categoria não foram bem. Airton Daré, da AJ Foyt Racing, completou a prova em 12º lugar. Felipe Giaffone, da Mo Nunn, que terminou o campeonato na quarta posição, e Raul Boesel, da Bradley, abandonaram com problemas no motor.
Mesmo sem correr ontem, Gil de Ferran, companheiro de Castro Neves na Penske, se manteve no terceiro posto na classificação.


A jornalista Tatiana Cunha viaja a convite da Hollywood

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