São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Gênio indomável

Ressentido por não bater pênalti na Vila, Neymar xinga o técnico Dorival Jr. e ofusca volta do bom futebol do Santos

Santos 4
Edu Dracena, aos 6min, Madson, aos 30min, Alan Patrick, aos 34min, e Marcel, aos 38min do 2º tempo
Atlético-GO 2
Josiel, aos 13min do 1º tempo; William, aos 5min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Neymar, 18, está impossível. Mas não com a bola no pé. Ontem, na vitória do Santos por 4 a 2 sobre o Atlético-GO, de virada, o temperamental atacante, três dias depois de iniciar uma grande confusão em Fortaleza, ficou ressentido por não cobrar um pênalti e bateu boca com Dorival Jr., seu treinador.
Ofuscou assim uma vitória como nos bons tempos do Santos no primeiro semestre. Mesmo esfacelada, a equipe voltou a ter o futebol ofensivo que encantou o país. Mas apenas no segundo tempo.
Na primeira etapa, o time de Dorival Jr. ainda era o mesmo que não vencia havia três partidas, com seguidos erros de conclusão.
Neymar até tentava. Buscava o jogos nos dois lados do campo, mas sentia a falta de alguém para tabelar.
Seu companheiro de ataque, Keirrison, era vaiado a cada erro pelo pequeno público -só 3.873 torcedores pagaram para ver o Santos na Vila. Ele deixou o jogo no segundo tempo, lesionado.
O Atlético-GO surpreendeu e marcou no início de cada etapa, mesmo quando o time da casa era melhor.
Mas as esperanças de sair de Santos com uma vitória começaram a diminuir um minuto depois de William marcar o segundo gol goiano, quando Edu Dracena diminuiu em um cabeceio.
Depois disso, com Alan Patrick e Madson no lugar de Pará e Marquinhos, o Santos aumentou seu domínio.
Foi um jogo para lembrar o "velho" Santos de 2010. Sem Robinho, André e Wesley, que deixaram a equipe, e Paulo Henrique Ganso, machucado, a equipe voltou a apresentaro futebol ofensivo que encantou no primeiro semestre deste ano.
Mas isso aconteceu apenas no segundo tempo -principalmente depois que o Atlético-GO abriu 2 a 0.
Na primeira etapa, o time de Dorival Jr. ainda era o mesmo que não vencia a três partidas, com seguidos erros de conclusão, acentuados quando a bola chegava aos pés de Keirrison.
Neymar até tentava. Buscava o jogo nos dois lados de campo, mas sentia a falta de alguém para tabelar.
Seu companheiro de ataque, Keirrison era vaiado a cada erro pelo pequeno público -apenas 3.873 torcedores pagaram para ver o Santos ontem, na Vila Belmiro. Ele deixou o jogo no segundo tempo, contundido.
O Atlético-GO surpreendeu e marcou no início de cada etapa, mesmo quando o time da casa era melhor.
Mas as esperanças de sair de Santos com uma vitória começaram a diminuir um minuto depois de William marcar o segundo gol goiano, quando Edu Dracena diminui em um cabeceio.
Depois disso, com Alan Patrick e Madson no lugar de Pará e Marquinhos, o Santos lembrou aquele que atacava muito, mesmo dando espaços para o rival.
Foi assim que conseguiu a virada. Madson empatou aos 30min, e Alan Patrick virou.
Aos 38min, Neymar recebeu na entrada da área, chapelou o zagueiro e, quando cortou para bater, foi derrubado por Daniel Marques.
O pênalti virou a polêmica do jogo, graças à atitude de Neymar, que xingou o técnico Dorival Jr. e discutiu com o capitão Edu Dracena.
"É um menino e ainda tem essa margem para errar. Lá na frente ele vai ser cobrado", afirmou o lateral Léo.
Nos minutos finais, o jovem atacante ainda irritou a torcida por exagerar nas firulas e perder a chance de marcar ao menos dois gols.
O Santos, que volta a jogar no domingo, quando visita o Guarani, subiu para o quinto lugar, mas pode ser superado hoje pelo Inter, que pega o São Paulo, no Morumbi.

ANTES
O Santos entra com três volantes e erra muitas finalizações no início da partida na Vila Belmiro

DURANTE
O Atlético-GO aproveita as falhas da defesa santista e consegue abrir 2 a 0 no placar

DEPOIS
Com Alan Patrick e Madson no meio de campo, o Santos se acerta, faz quatro gols e lamenta a atitude de Neymar


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