São Paulo, quarta, 16 de setembro de 1998

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Palmeiras corre para evitar contusão

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Reportagem Local

Muita movimentação no ataque é o que espera Luiz Felipe Scolari do Palmeiras hoje, em Buenos Aires, contra o Independiente.
Além do óbvio, confundir a defesa adversária para marcar o maior número de gols possível, a "correria" pretende dificultar a prática de lances violentos por parte dos zagueiros argentinos.
"Quanto mais a gente se mexer, mais difícil fica para eles bater na gente. Sei que eles são violentos, mas o toque de bola vai prevalecer", disse Oséas, que teria perdido pelo menos 3 kg -diz que está com 87 kg-, razão utilizada por ele para explicar o melhor rendimento dos últimos jogos.
Paulo Nunes, que formará a dupla de ataque com Oséas, lembra que se contundiu no tornozelo esquerdo durante partida de ida contra Independiente, ficando cerca de um mês fora dos gramados. "Eles são maldosos, pegam pesado mesmo. Agora vou jogar com um certo receio", afirmou.
Mesmo temendo alguma contusão -"lá é fácil se machucar, porque os caras chegam junto sempre"-, Scolari faz questão de ressaltar a importância da Copa Mercosul para o Palmeiras.
"A competição ainda não está no ápice, mas, a partir da próxima fase, vamos saber se o time pegou o espírito dos torneios sul-americanos e está mais preparado para a Libertadores do ano que vem."
E, para se classificar para a etapa seguinte, falta pouco. Uma vitória hoje na Argentina assegura matematicamente a vaga do Palmeiras, que lidera o Grupo B, com nove pontos, contra três de Independiente, Nacional e Universidad de Chile. Os dois últimos se enfrentam também à noite, no Chile.
Mas, mesmo perdendo hoje, como fará seus dois últimos jogos em casa, a situação do Palmeiras no torneio continuará tranquila.
Para a próxima fase, classificam-se o primeiro de cada um dos cinco grupos, além dos três segundos mais bem colocados.
Campanha da paz
Scolari, que não deverá poupar no jogo de hoje, que começa às 21h40, o lateral Arce, como pretendia na semana passada, agradeceu ainda o apoio que tem tido da torcida palmeirense.
"É ela que faz a diferença. O torcedor da arquibancada está de parabéns, só empurra o time para a frente. E o da numerada também. Se antes havia dez pessoas tentando fazer a coisa diferente, desestabilizando o Palmeiras, hoje só há três ou quatro", comentou o treinador, que chegou a ser criticado pela torcida em 1997 e no início deste ano quando atuava no Parque Antarctica.
NA TV - SBT, segundo tempo, ao vivo, a partir das 22h35, apenas para a cidade de São Paulo



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