RODRIGO BUENO
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo atual pode até não conquistar o título, mas tem boa chance de ficar na história.
A equipe tem a possibilidade de quebrar uma série de recordes do clube e também do Brasileiro. A sequência de nove vitórias seguidas completada anteontem aparece só como a primeira honraria histórica do melhor time da fase de classificação do Nacional.
Se vencer o Botafogo amanhã, o São Paulo alcança 52 pontos, igualando sua maior pontuação em um Brasileiro (1973). Por aproveitamento de pontos, a campanha são-paulina já é a melhor desde 1986. Hoje, o São Paulo está com 68% de aproveitamento de pontos -se ganhar do Botafogo amanhã, chegará a 69,3% e se aproximará da sua melhor campanha na história (71,4% de aproveitamento de pontos em 1977).
Com mais seis gols, o São Paulo empata com o forte ataque do time de 1986 -a equipe de Careca, Muller, Pita e Silas marcou 62 vezes e é até hoje dona do melhor ataque são-paulino em Nacionais.
O atual ataque já é o segundo melhor do clube em números absolutos e em média de gols. A melhor média de gols do São Paulo em Brasileiro saiu em 1982 (2,38 gols por jogo). O time atual tem média de 2,33 gols por jogo.
Se fizer mais 13 gols -indo à final, disputa mais sete jogos-, o São Paulo iguala o melhor ataque de todos os tempos do Brasileiro (o Vasco fez 69 gols em 1997).
Luis Fabiano pode virar o maior goleador são-paulino em Brasileiros (com 18 gols, está a sete de igualar a marca de Careca em 1986). Mais difícil será igualar o recorde de Edmundo de 97 -precisa marcar mais 11 gols.
Se não perder até a final do Brasileiro, o São Paulo não só fica com o seu quarto título do Nacional -igualando assim o número recorde de conquistas de Flamengo, Palmeiras e Vasco- como também quebra sua maior sequência invicta na competição.
O São Paulo está invicto há 11 jogos -pode terminar o torneio com invencibilidade de 18 partidas. Em 1973, chegou a ficar 17 jogos sem perder, sua melhor série.
Vencendo o Botafogo e os jogos das quartas-de-final, o time também iguala a maior série de vitórias seguidas da competição (12 vitórias do Guarani em 1978/79).
Os jogadores dizem não se importar com os recordes. ""Se a gente não ganhar o título, todas as marcas que conseguimos e as que podemos conseguir serão esquecidas", disse o lateral Gabriel.
Reinaldo diz que os jogos serão mais difíceis agora. ""Na fase final, não vamos fazer cinco gols no Morumbi. Depois, 1 a 0 já é bom."



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