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São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2003

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FUTEBOL

Amistoso vê sequência de tabu do clube contra o Brasil e volta de Vampeta

Robinho mantém rotina, e sub-23 bate o Corinthians

RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Robinho trocou de camisa, mas não de fama. Com a 11 amarela e um gol em posição irregular, ele abriu caminho para a vitória da seleção brasileira sub-23 por 2 a 0, no amistoso de ontem, e manteve o rótulo de algoz do Corinthians.
O santista jogou em São José do Rio Preto sem o número 7, que costuma usar em seu clube, porque ontem ele ficou com Marcinho, outro carrasco corintiano.
O meia-atacante deu o passe para Robinho, livre, chutar e abrir o placar, aos 23min de jogo. No momento do passe, o santista estava impedido, mas o árbitro Sálvio Spindola Fagundes Filho nada marcou. "[Contra o Corinthians] vale até gol de mão, o que importa é que o juiz deu", disse o atacante.
Ele afirmou que não vai deixar de vibrar caso marque contra o Santos, na terça. "Comemorarei e muito, será um gol pela seleção."
Pelo São Caetano, Marcinho já tinha feito uma assistência (para Capixaba) na partida anterior contra seu ex-clube -vitória por 3 a 0, no estádio do Pacaembu.
Robinho também repetiu o que fez no último jogo entre Santos e Corinthians, no Brasileiro -ele havia marcado o primeiro gol de sua equipe, que venceu por 3 a 1.
Com a vitória da seleção, ele manteve o aproveitamento 100% contra os corintianos. Foram seis vitórias em seis confrontos. Pelé, maior algoz do Corinthians, colecionou duas vitórias, dois empates e duas derrotas em suas primeiras partidas com o rival.
Antes de balançar a rede ontem, Robinho havia perdido um duelo com o lateral Moreno. Por cerca de 30 segundos, ele ameaçou driblar o rival, que apenas parou na sua frente e evitou as firulas.
Aos 32min, a seleção aumentou a diferença. Após uma cobrança de falta do lateral-esquerdo Maxwell, do Ajax (Holanda), o zagueiro Edu Dracena fez de cabeça.
Dois minutos depois, Robinho poderia ter feito estrago maior. Doni entregou a bola nos pés do santista, que preferiu passá-la a chutar a gol. Não foi só Doni que facilitou para Robinho. No segundo tempo, Anderson errou um passe e entregou a bola para o rival, que driblou Doni e se deu ao luxo de ficar parado na área, antes de a defesa afastar a bola.
Enquanto Robinho deixou o campo, aos 25min da etapa final, substituído por Nenê, aplaudido e comemorando, os corintianos mantiveram o tabu de não vencer jogos contra a seleção brasileira.
Antes, a equipe tinha perdido de 5 a 0 para o Brasil, com Pelé em campo, no último jogo antes da Copa de 58. Em 1925, em outro amistoso, o clube empatou em um gol diante do time nacional.
Para os corintianos, o jogo marcou a volta de Vampeta, que ficou quase oito meses se recuperando de cirurgia no joelho. Ele jogou todo o segundo tempo. "Foi bom voltar, eu sempre quis jogar."


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