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Ricardinho se desdobra para, sem o passe na mão, imprimir velocidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Jogar sem o passe na mão é o
pesadelo de todo levantador e
pode arruinar a apresentação
de um time, até dos favoritos.
A seleção brasileira, no entanto, encontrou um jeito de
transformar o erro em arma e
promete surpreender os rivais.
Ricardinho tem treinado de
propósito com o passe ruim. A
idéia é tentar conseguir ataques velozes mesmo quando o
companheiro erra a recepção.
"Ele tem forçado bastante isso nos treinamentos, será uma
diferença já neste Mundial.
Acreditamos que, mesmo sem
o passe na mão, tenhamos condições de jogar com uma velocidade que outras equipes não
têm. Os nossos atacantes têm
condições de acompanhar esse
ritmo", afirma o assistente técnico Ricardo Tabach.
O capitão brasileiro conta
que já tenta trabalhar com o
passe ruim desde 1994. Buscava algo que o diferenciasse mais
dos outros levantadores.
"No começo, todo mundo
achava que era uma coisa boba,
exagerada da minha parte, que
isso não existia no voleibol", relembra Ricardinho.
Nos treinos, além de cuidar
dos levantamentos, a comissão
técnica deu atenção especial ao
saque, um dos problemas do time na conquista do hexacampeonato da Liga Mundial.
"A cobertura é outro detalhe
ao qual temos nos dedicado
porque vamos enfrentar bloqueios altos", afirma Tabach.
No Japão, a equipe brasileira
também vai testar o fôlego dos
atletas, preparado com estafantes sessões de treino.
Giba chegou a batizar os dias
passados no CT de Saquarema
(RJ), antes da viagem para o Japão, de "Ironman".
"A gente deu gás, correu na
areia, fez musculação... Não
adianta estar bem tecnicamente e não ter fôlego para agüentar a maratona do Mundial",
diz Ricardinho. O time terá a
primeira folga na segunda.
(ML)
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