São Paulo, terça-feira, 16 de novembro de 2010

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LOS GRINGOS

Messi, Pastore e mais 9


Na estreia de Batista como efetivo, Messi e Pastore serão titulares juntos pela primeira vez


NÃO LEVEM tão a sério o título desta coluna. O técnico é Sergio Batista. É ele quem decide. Mas não é ruim relembrar as fórmulas anteriores de felicidade: Mascherano mais dez, Mascherano e Messi mais nove, Mascherano, Messi e Jonás mais oito. Sabemos como terminaram as equações de Diego: Alemanha mais quatro na África do Sul.
Porém, antes da debacle na Cidade do Cabo, produziu-se em Polokwane, contra a retrancada Grécia, um feito futebolístico importante. Foi quando Maradona, que merece todo o crédito por essa escolha, mandou a campo Javier Pastore para substituir Kun Agüero.
O principal beneficiado foi Messi. Leo se entende muito bem com jogadores que sabem passar rápido a bola. Javier Pastore é um jogador argentino mais glamouroso. Tudo ele torna simples. Consegue mudar o ritmo e o panorama de uma partida.
Ao seu jogo sensual agregou o gol. Nesta temporada, já marcou oito gols. Em 2009/2010, anotou só três. Já não se conforma em dar só o último passe.
No jogo entre Palermo e Catania, fez três, um de cabeça, um de direita, e outro, de esquerda.
Enquanto isso, Messi continua assombrando o mundo com um ano extraordinário. Joga cada vez melhor. Não só engana com a bola, mas também sem ela. Como sabe que o adversário está marcando seus movimentos, finge se desligar da partida até passar desapercebido. E, nesse momento, mostra ao rival que ainda está em campo. Com gol. Já marcou 20 na temporada, 19 pelo Barcelona e um pela Argentina, contra a Espanha. Em 2010, marcou 51, uma loucura.
Batista começará seu ciclo de treinador efetivo nada menos que contra o Brasil. Com certeza, Messi e Pastore serão titulares juntos pela primeira vez. Leo quer jogar com ele no Barcelona. Javier já disse que "adoraria jogar com o melhor do mundo".
Há algo nesta sociedade que permite a esperança. São compatíveis, se entendem bem, se procuram sempre.
Para chegar a ser uma grande equipe, precisa funcionar. Isso se consegue com tempo de trabalho, com a participação de todos os jogadores e com um treinador que consiga convencê-los de sua ideia e do modo de executá-la. Se quiserem, repitamos conceitos corretos e óbvios como "tem que saber se defender", "o equilíbrio é importante" e "nome não ganha nada". Mas hoje, como frase de efeito, escolho o título desta coluna. Tomara que Batista o leve muito a sério.


JUAN PABLO VARSKY é colunista de futebol do jornal argentino "La Nación" e do site Canchallena.com


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