São Paulo, terça-feira, 16 de novembro de 2010

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Brasileiro revive tensão pré-final

SÉRIE A
Pênalti em Ronaldo desencadeia polêmica e série de ações judiciais; comissão não afastará árbitro


RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

Eram 40min do segundo tempo no Pacaembu quando Ronaldo e Gil saltaram juntos na área cruzeirense, e o árbitro Sandro Meira Ricci marcou pênalti. A partir daí, o Brasileiro-2010 passou a reviver sua tensão pré-final.
O roteiro tem elementos similares aos das últimas edições: arbitragem, CBF, STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e rivais envolvidos em jogos decisivos.
A trama agora tem como ponto de partida o Cruzeiro. O protesto veemente de seus cartolas, técnico e jogadores após a partida -alegam a inexistência do pênalti- redundará em visita à CBF.
"Não temos nenhum veto a árbitro. Nosso problema é o Sandro [Meira Ricci]", detalhou o gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa.
Na quarta-feira, os cruzeirenses pedirão a cabeça do juiz ao presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa.
Mas a confederação descartou ontem o afastamento do árbitro. "O retorno que tive da comissão foi muito positivo [sobre a atuação no jogo]. Disseram que o jogo foi difícil e que fui bem nos lances capitais", reforçou Meira Ricci à Rádio Bandeirantes.
Ele está fora das duas próximas rodadas por viagem pessoal e volta na última.
Meira Ricci disse ainda que há a possibilidade de processar Perrella. O procurador do STJD, também.
"Ou se prova que a arbitragem é tendenciosa ou responde-se pelo desrespeito", disse o procurador Paulo Schimitt. Por enquanto, sem ver a súmula, ele prevê que jogadores serão poupados.
A diretoria do Corinthians faz o inverso. Poupa Perrella e cobrará na Justiça comum do meia cruzeirense Roger que explique as afirmações de que há "esquema" para favorecer o clube paulista.
Postulante ao título, o Fluminense não fala de árbitros. Mas também reclama.
"[A tensão] Faz parte do campeonato. Já é um campeonato tão difícil, acontecendo tudo de forma literal. O Maracanã foi fechado daquela forma...", lembrou o presidente do Fluminense, Roberto Horcades, em referência ao prejuízo pela exigência da CBF de não usar o estádio por obras da Copa.
Fora da briga, torcedores do São Paulo fazem campanha para que o time entregue o jogo ao Flu -jogadores negam. No roteiro, há fala e ação para todos até a entrega da taça, quando o pano se fecha até o próximo ano.


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