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Brasileiro revive tensão pré-final
SÉRIE A
Pênalti em Ronaldo desencadeia polêmica e série de ações judiciais; comissão não afastará árbitro
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
Eram 40min do segundo
tempo no Pacaembu quando
Ronaldo e Gil saltaram juntos na área cruzeirense, e o
árbitro Sandro Meira Ricci
marcou pênalti. A partir daí,
o Brasileiro-2010 passou a reviver sua tensão pré-final.
O roteiro tem elementos similares aos das últimas edições: arbitragem, CBF, STJD
(Superior Tribunal de Justiça
Desportiva) e rivais envolvidos em jogos decisivos.
A trama agora tem como
ponto de partida o Cruzeiro.
O protesto veemente de seus
cartolas, técnico e jogadores
após a partida -alegam a
inexistência do pênalti- redundará em visita à CBF.
"Não temos nenhum veto
a árbitro. Nosso problema é o
Sandro [Meira Ricci]", detalhou o gerente de futebol do
Cruzeiro, Valdir Barbosa.
Na quarta-feira, os cruzeirenses pedirão a cabeça do
juiz ao presidente da Comissão de Arbitragem da CBF,
Sérgio Corrêa.
Mas a confederação descartou ontem o afastamento
do árbitro. "O retorno que tive da comissão foi muito positivo [sobre a atuação no jogo]. Disseram que o jogo foi
difícil e que fui bem nos lances capitais", reforçou Meira
Ricci à Rádio Bandeirantes.
Ele está fora das duas próximas rodadas por viagem
pessoal e volta na última.
Meira Ricci disse ainda
que há a possibilidade de
processar Perrella. O procurador do STJD, também.
"Ou se prova que a arbitragem é tendenciosa ou responde-se pelo desrespeito",
disse o procurador Paulo
Schimitt. Por enquanto, sem
ver a súmula, ele prevê que
jogadores serão poupados.
A diretoria do Corinthians
faz o inverso. Poupa Perrella
e cobrará na Justiça comum
do meia cruzeirense Roger
que explique as afirmações
de que há "esquema" para
favorecer o clube paulista.
Postulante ao título, o Fluminense não fala de árbitros.
Mas também reclama.
"[A tensão] Faz parte do
campeonato. Já é um campeonato tão difícil, acontecendo tudo de forma literal.
O Maracanã foi fechado daquela forma...", lembrou o
presidente do Fluminense,
Roberto Horcades, em referência ao prejuízo pela exigência da CBF de não usar o
estádio por obras da Copa.
Fora da briga, torcedores
do São Paulo fazem campanha para que o time entregue
o jogo ao Flu -jogadores negam. No roteiro, há fala e
ação para todos até a entrega
da taça, quando o pano se fecha até o próximo ano.
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