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Carlos Alberto Silva fecha com
Santos até o fim do ano 2000
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
Carlos Alberto Silva, 60, foi
apresentado ontem como novo
treinador do Santos. Ele assinou
contrato com o clube por um ano,
após deixar o Guarani anteontem.
Silva substitui Paulo Autuori,
que pediu demissão no mês passado e foi para o Cruzeiro.
A apresentação do técnico
aconteceu na chancelaria da Universidade Santa Cecília, de propriedade da família de Marcelo
Teixeira, virtual presidente do
clube no biênio 2000-2001.
A cerimônia não ocorreu na Vila Belmiro porque quem decidiu a
contratação do técnico foi o próprio Teixeira, vencedor da eleição
do último domingo pela chapa de
oposição, mas que ainda não é o
presidente. Oficialmente, ele será
eleito pelo Conselho Deliberativo
somente em 14 de janeiro.
Nenhum dos integrantes da
atual diretoria compareceu à cerimônia. O presidente Samir Abdul-Hak estava viajando de navio,
em um cruzeiro promovido pela
Federação Paulista de Futebol.
A prioridade do grupo que assume o comando do Santos é a
conquista do título paulista de
2000. O time não consegue se sagrar campeão de uma competição
de importância desde 1984.
"Ele (Carlos Alberto Silva) tem
uma missão muito importante:
resgatar as vitórias para que o
Santos conquiste títulos", disse
Teixeira.
Segundo o treinador, todo o esforço do primeiro semestre estará
orientado para a equipe profissional. Somente a partir de julho, ele
começará um trabalho de integração com o Departamento Amador, para facilitar a observação
dos jovens atletas.
"A única coisa que me preocupa
de imediato no Santos é fazer desse time um time campeão", afirmou Carlos Alberto Silva, que no
dia 27 iniciará o trabalho no único
dos chamados "grandes" paulistas que ainda não havia dirigido.
O treinador programou uma
pré-temporada entre 3 e 18 de janeiro em um hotel-fazenda na região de Jaguariúna. Dos jogadores
do grupo atual, ele pretende levar
15. Quatro emprestados serão
reintegrados, e outros dois retornarão para serem observados.
Definido o novo técnico, Marcelo Teixeira diz ter agora como
meta a formação da equipe.
"Será uma briga contra o relógio para montar o time. Neste
momento, o Santos não tem uma
equipe-base", declarou Silva.
Teixeira afirmou que a contratação de reforços não dependerá
da concretização de uma parceria,
mas também não explicou de onde pretende tirar dinheiro para
investir em reforços.
"Pelo que eu sei, o presidente
(Samir Abdul-Hak) vai deixar valores em caixa", declarou.
Com as negociações dos passes
de Alessandro, Marcos Assunção
e Argel, o clube arrecadou neste
ano US$ 12,5 milhões.
Parte desse dinheiro foi comprometido com a compra do passe do atacante Dodô (US$ 5,5 milhões) e com o empréstimo de
Paulo Rink (US$ 500 mil).
Na manhã de ontem, três representantes do consórcio formado
pelas empresas Octagon-Koch
Tavares e CIE, do México, estiveram em Santos reunidos com
Marcelo Teixeira. Essa foi a única
proposta de parceria que o Santos
recebeu até agora.
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